Segundo estudo publicado nos Estudos de Psicologia (Campinas), elas também apresentam menos auto-regras para controle da escovação.
Buscando identificar e analisar possíveis relações entre dificuldade de aprendizagem e autocuidado dentário, Andréa Carlesso Lozer, da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, e Sônia Regina Fiorim Enumo, da Universidade Federal do Espírito Santo, investigaram 60 crianças da 3ª e 4ª séries do ensino fundamental de uma escola pública de Vitória (ES).
Segundo o artigo "Autocuidado dentário em alunos com e sem dificuldade de aprendizagem" publicado em 2007 na revista Estudos de Psicologia (Campinas), as autoras utilizaram um teste de desempenho escolar para dividir os alunos em dois grupos: com (grupo 1) e sem (grupo 2) dificuldade de aprendizagem. Assim, elas realizaram a verificação do biofilme dental, antes e após a escovação dos dentes, e fizeram uma entrevista sobre autocuidado dentário com cada um dos participantes.
Após estudo do conteúdo das entrevistas e análise funcional do comportamento de escovação dentária, as pesquisadoras identificaram que as crianças do grupo 1 tiveram um tempo significativamente menor de escovação dentária quando comparadas as outras crianças. Os participantes do grupo 1 também apresentaram "menos auto-regras para controle da escovação, informações menos precisas sobre cáries e mais punição pelos pais frente à esquiva ou recusa da escovação", afirmam no texto.
Desta forma, elas entendem que estudos interdisciplinares são desejáveis em psicologia e odontologia para a proposição de programas de intervenção em saúde bucal mais eficazes.
Agência Notisa