sábado, 7 de agosto de 2010

Anabolizantes aumentam gengivas

Anabolizantes aumentam gengivas
 
(Bibliomed). Esteróide anabolizante androgênico (EAA) é o nome usado para derivados sintéticos do hormônio sexual masculino, a testosterona. Nas sociedades atuais, um grande número de adultos jovens abusa destes esteróides para realçar o desempenho e a aparência física. Pesquisadores da Faculdade de Odontologia em Adana, na Turquia, realizaram estudo para avaliar os efeitos do abuso destas substâncias, sobre o tecido gengival, em um grupo de fisiculturistas e halterofilistas.

O trabalho foi publicado na última edição da revista Journal of Periodontology e mostrou que o uso prolongado dos derivados da testosterona, estava associado a um aumento gengival.

Os autores da pesquisa destacaram que em caso de suspeita de abuso de esteróides, os profissionais de saúde bucal devem estar atentos aos possíveis danos e efeitos adversos causados por estas substâncias.
 
Journal of Periodontology, 2006, Vol. 77, No. 7, Pages 1104-1109.

Infecções latentes de HCMV estão associadas a periodontites

Infecções latentes de HCMV estão associadas a periodontites

No estudo publicado na Oral Microbiology And Immunology, os autores compararam a eficácia de técnicas de detecção moleculares e de cultura viral.
 
Botero e colegas, do grupo de Medicina Periodontal da Escola de Odontologia da Universidad Del Valle (Colômbia), compararam a presença de citomegalovírus em amostras subgengivais de 44 pacientes e de 24 indivíduos sem periodontite através de nested-PCR, PCR em tempo real e cultura viral.
 
Por meio do estudo publicado na Oral Microbiology And Immunology, a equipe descobriu que a detecção do citomegalovírus humano (HCMV) foi maior ao usar nested-PCR e a freqüência de detecção das técnicas moleculares foi mais expressiva do que na cultura viral. A sensibilidade do PCR em tempo real foi de 60% comparada com 2,8% para a técnica de cultura viral.
 
Os pesquisadores confirmaram, após o estudo, que ocorre infecção ativa por HCMV em periodontites humanas, mesmo que se apresente em baixas freqüências. Em contrapartida, é mais comum aparecer a infecção latente de HCMV.
 
Agência Notisa

Técnica da Unicamp barateia aparelhos ortodônticos.

Técnica da Unicamp barateia aparelhos ortodônticos.
 
Um trabalho desenvolvido na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp promete baratear o custo para colocação de aparelhos ortodônticos. A odontóloga Maria de Paula Caldas criou uma metodologia para avaliação objetiva da maturação esquelética pelas vértebras cervicais em radiografias cefalométricas (da cabeça) laterais de meninas e meninos, com idade entre 7 e 15 anos.

O procedimento elimina a necessidade de se fazer uma radiografia de mão e punho, como habitualmente é necessário. Além de reduzir o custo de uma radiografia e, conseqüentemente, diminuir a exposição à radiação, as novas fórmulas também excluem uma etapa no processo. A idéia, no futuro, segundo Maria Caldas, seria disponibilizar o método em programa de computador para os profissionais de ortodontia.

 
Em geral, explica a especialista, para a colocação de aparelhos de qualquer natureza o profissional deve levar em consideração a maturação esquelética do paciente. O principal recurso utilizado atualmente para a determinação do estágio de maturação consiste na avaliação das radiografias de mão e punho. Uma grande preocupação, no entanto, reside na simplificação dos recursos de diagnóstico e, principalmente, na redução de exposições radiográficas indicadas aos pacientes. “Por isso, observa-se um crescimento da tendência de se utilizar, na prática clínica, as radiografias que já fazem parte da documentação ortodôntica de rotina, como é o caso das radiografias cefalométricas laterais”, explica.

 
Diferentes métodos de avaliação das vértebras cervicais foram desenvolvidos para determinação da maturidade esquelética e potencial de crescimento da criança. No entanto, todos esses métodos basearam-se em análises subjetivas através da visualização de alterações morfológicas nos corpos das vértebras. “Trata-se de uma análise subjetiva e com grau de precisão relativo, uma vez que os resultados podem divergir entre os avaliadores”. Com o novo método, a exposição à radiação diminui e torna-se possível uma avaliação precisa da idade óssea do paciente.
 

A dissertação de mestrado “Avaliação da maturação esquelética na população brasileira por meio da análise das vértebras cervicais” foi orientada pelo professor Francisco Haiter Neto. No estudo, Maria Caldas começou testando uma fórmula desenvolvida no Japão, específica para meninas japonesas. Coincidentemente, a aplicação da metodologia aqui no Brasil também só se mostrou eficaz se aplicada em meninas. A partir dessa constatação, os pesquisadores partiram para criar algo que considerasse uma avaliação objetiva da idade óssea em meninos e meninas brasileiros.
 

Fonte: Unicamp

Pesquisa mostra que crianças têm dificuldades em lidar com o aparelho ortodôntico

Pesquisa mostra que crianças têm dificuldades em lidar com o aparelho ortodôntico
 
Ocorre, por exemplo, a piora de sintomas orais e limitações funcionais. No entanto, o bem estar emocional melhora.

Para investigar as mudanças na saúde bucal relacionadas à qualidade de vida durante a terapia do aparelho ortodôntico fixo, Man Zhang, da Wuhan University, e colegas da University of Hong Kong, ambas na China, desenvolveram um estudo de coorte prospectivo com crianças. A pesquisa resultou no artigo "Changes in oral health-related quality of life during fixed orthodontic appliance therapy" publicado em janeiro de 2008 no American Journal of Orthodontics & Dentofacial Orthopedics.
 
Segundo a publicação, os autores administraram um questionário com 37 questões de percepção infantil a 217 crianças que fizeram uso de aparelho ortodôntico fixo. Os questionários foram respondidos em cinco momentos diferentes: (T0) antes do tratamento, (T1) uma semana após a instalação do aparelho ortodôntico fixo, (T2) um mês após, (T3) três meses após e (T4) seis meses após. Dos 217 participantes iniciais, 198 responderam os questionários.

Analisando os dados obtidos, os pesquisadores identificaram mudanças significativas em escores de percepção infantil, de sintomas orais, de limitações funcionais e de bem estar emocional ao longo dos seis meses. De acordo com o artigo, houve diferenças significativas em alguns domínios de escores de percepção infantil em T1, T2, T3 e T4 quando comparados com T0, sendo ainda mais consistentes as diferenças com relação aos sintomas orais. Os pesquisadores também identificaram mudanças significativas em certos domínios de escore de percepção infantil entre uma semana e um mês e entre um mês e três meses posteriores à instalação do aparelho. Porém, afirmam no artigo que "não houve mudanças significativas em escores de bem estar social".
 
Desta forma, os autores entendem que ocorreram mudanças na qualidade de vida depois da terapia com aparelho ortodôntico fixo. Quando comparam os resultados anteriores com os posteriores à implantação do aparelho, percebem que a qualidade de vida "é freqüentemente pior durante o tratamento (sintomas orais, limitações funcionais), embora seja melhor em alguns aspectos (bem estar emocional)". Eles afirmam ainda que o período em que houve maior mudança na qualidade de vida foi no primeiro mês de tratamento.

Fonte: Agência Notisa


Pesquisa analisa relação entre colocação de coroas e problemas periodontais

Pesquisa analisa relação entre colocação de coroas e problemas periodontais
 
Resultados mostram que as coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, provocando sangramentos, vermelhidão e mau hálito, apesar de não estarem diretamente associadas à destruição periodontal.
 
Inúmeros estudos mostram uma relação entre a colocação de coroas fixas e as condições periodontais dos pacientes, apontando para uma maior incidência de inflamação das gengivas e destruição periodontal. No entanto, nem sempre a utilização de coroas representa problemas aos pacientes. Isso é o que mostram Cassiano Rösing e equipe da Universidade Lutherana do Brasil em um trabalho que teve como objetivo avaliar retrospectivamente as condições periodontais de pacientes com coroas fixas colocadas de 3 a 5 anos antes da realização da pesquisa.

De acordo com artigo publicado no número quatro de 2007 da revista Brazilian Oral Research, “40 pessoas foram analisadas no estudo. Exames clínicos de toda a boca foram realizados avaliando-se Índice de Placa Visível (IPV), Índice de Sangramento Gengival (ISG), Profundidade de Sondagem (PS) e Nível Clínico de Inserção (NCI) em 6 sítios por dente. Radiografias paralelas foram obtidas e analisadas cegamente por paquímetro digital (distância do ápice à crista óssea). Testes BANA também foram realizados. Um dente hígido contralateral foi considerado como controle”.

Os resultados mostram que as coroas apresentaram um valor médio de Índice de Placa Visível de 30,42%, comparado com 49,17% para dentes hígidos. O Índice de Sangramento Gengival foi de 33,33% e de 26,25% para dentes com coroas e hígidos, respectivamente. A Porfundidade de Sondagem revelou valores de 2,30 e 2,14 mm e a análise do Nível Clínico de Inserção demonstrou médias de 2,02 e 1,89 mm para coroas e dentes hígidos, respectivamente. Os valores médios para as distâncias radiográficas foram de 12,73 e 13,67 mm, e para o teste BANA, de 67,50 e 50,00 para dentes hígidos e com coroas. Segundo a equipe, foram observadas diferenças significativas para todos os parâmetros, exceto para NCI e para o teste BANA.

Dessa forma, os pesquisadores concluem que as coroas podem ser associadas a mais sinais de inflamação, entretanto não com destruição periodontal. “Apesar de os resultados não demonstrarem relação entre a colocação de coroas e a destruição periodontal, o fato de elas estarem associadas a mais sinais de inflamação deve ser levado em consideração, uma vez que as gengivites estão diretamente ligadas a uma pior qualidade da saúde bucal, em decorrência do sangramento, vermelhidão e do mau hálito, que hoje em dia é socialmente inaceitável”, destacam no artigo.
 

Agência Notisa

Tecnologia proporciona colocação da prótese logo após extração e mais segurança no procedimento

Tecnologia proporciona colocação da prótese logo após extração e mais segurança no procedimento
 
A tecnologia usada em implantes dentários se supera a cada dia, a ponto de possibilitar a colocação da prótese imediatamente após a extração. É a chamada “carga imediata”, técnica que pôs um fim no prazo de quatro a seis meses para a instalação de próteses fixas. Além disso, atualmente os materiais são cada vez mais eficientes quanto à translucidez, formato e cor, bem próximos da perfeição. Esta é uma alternativa para as pessoas que perderam seus dentes e junto deles sua auto-estima e sua vida social.

“Hoje em dia, devido aos avanços na área de odontologia, dificilmente um paciente ficará sem os dentes. Um dos únicos empecilhos é a questão financeira, mas vale lembrar que comparado ao passado, hoje as técnicas são inúmeras e cada vez mais acessíveis, tendo uma diminuição considerável dos custos. ”, explica o professor da Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas, Dr. José Mandia Jr.
 
Segundo ele até pessoas que perderam os dentes há muitos anos, a possibilidade de implantá-los não deve ser descartada.

“Geralmente quando o dente é extraído, não está em boas condições. Problemas gengivais ou de canal, associados à presença de bactérias levam a perda da estrutura óssea. Mas já existem técnicas de enxertos ósseos. Inclusive, os bancos de ossos, substituem a necessidade de tirar tecido ósseo do próprio paciente através de remoção cirúrgica”, completa o especialista.
 
Outra conquista são as avançadas tomografias computadorizadas, capazes de diagnosticar as condições ósseas dos pacientes e a necessidade ou não de um enxerto. Além disso, auxiliam o cirurgião-dentista na hora do implante, pois indicam com extrema precisão a melhor forma de se aplicar a técnica.
 
Dr. José Mandia Jr. é cirurgião-dentista, especializado em Prótese Dental, Dor e Disfunção Têmporo Mandibular, estética dental e professor da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas.
 
Villa Comunicação

Testes odontológicos falham em diagnóstico de problema dentário

Testes odontológicos falham em diagnóstico de problema dentário

Técnica mais precisa pretende solucionar alto índice de erro na detecção de complicações na polpa dentária. Desenvolvida pelo Ipen, em parceria com a Faculdade de Odontologia, consegue em torno de 97% de exatidão na análise de dentes permanentes

Pesquisa realizada em parceria entre a Faculdade de Odontologia da USP e o Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) demonstrou, entre outros resultados, que os métodos atualmente utilizados para a análise da vitalidade da polpa dentária induzem o diagnóstico final a uma significativa porcentagem de erro.
 

Por sua opacidade e dureza, observar a parte interna de um dente não é simples. De maneira que muitos dentistas são levados a realizar testes que, mesmo captando relativamente bem os sintomas de algum problema, costumam falhar. O mais utilizado deles consiste em estimular térmica (quente ou frio) ou eletricamente o dente afetado para o paciente dizer se este dói ou não. São métodos baseados na interpretação do profissional e no grau de sensibilidade que o paciente possui, mas que podem induzir o dentista ao erro, podendo fazê-lo retirar uma polpa saudável ou detectar um problema tardiamente.
 

Segundo Gessé Nogueira, responsável pela Divisão de Desenvolvimento de Aplicações de Lasers do Centro de Lasers e Aplicações do Ipen, mesmo no caso de técnicas avançadas de diagnósticos sobre a vitalidade pulpar, como a Fluxometria Laser Doppler (FLD), os testes costumam errar entre 8% e 27% quando a polpa está necrosada e entre 10% e 32% quando a polpa está saudável.
 

Outros testes, como a descoloração da coroa (por luz direta e por transluminação) e a radiografia (radioluscência periapical e reabsorção externa da raiz), que são técnicas que não utilizam diretamente a sensibilidade do paciente, dificilmente erram no diagnóstico de um dente saudável. Mas no caso de um dente necrosado, a porcentagem de erro é alta. Pode chegar a 51% dos casos, com a transluminação; cerca de 65%, com a radioluscência periapical e perto de 85% com a reabsorção externa da raiz. "Estes tipos de teste são pouco confiáveis e, geralmente, respondem a estados tardios de necrose", afirma Nogueira.

Tratamento de números

O foco do trabalho de Nogueira, financiado pela Fapesp, está em melhorar a precisão do diagnóstico da vitalidade pulpar por meio de um tratamento de informação mais eficiente do que o feito atualmente.
 

A pesquisa tem como ponto de partida os registros de fluxo sangüíneo nos capilares da polpa para associá-los a possíveis anomalias. Após o registro, feito com a Fluxometria Laser Doppler, são produzidos algoritmos que classificam a anomalia de forma automática, através de uma máquina. O processo deixa de ter como base uma interpretação para se tornar algo objetivo e mais confiável. "Após elaborarmos algoritmos mais precisos, temos conseguido em torno de 97% de exatidão na análise de dentes permanentes e 100% na de dentes de leite, o que representa um avanço sensível", aponta o pesquisador.
 

Nogueira frisa que outra vantagem do método desenvolvido é que ele independe da experiência ou treinamento do profissional, já que ele poder ser implementado em programas de computador, o que resultaria em um instrumento automático de diagnóstico.
 

Em fase de estudos, a pesquisa já rendeu uma tese de doutorado e três de mestrado. "Estamos gerando conhecimento. No momento, não há contato com empresas para que máquinas que façam o diagnóstico em um laboratório sejam produzidas e comercializadas, até porque se trata ainda de um método relativamente caro. Mas o foco é melhorar a exatidão para que possamos demonstrar que o método é bom e confiável", completa Nogueira, dizendo que há a intenção de implementar os avanços obtidos ao menos na odontopediatria.
 

Agencia USP de Notícias

Brasileiros identificam bactérias causadoras de infecção dentária

Brasileiros identificam bactérias causadoras de infecção dentária


(Bibliomed). Evidências obtidas em estudos genéticos moleculares recentes revelaram que espécies orais de Treponema estão envolvidos em infecções de origem endodôntica. Os Treponemas são agentes relativamente bem conhecidos, pois um deles, o Treponema pallidum, é o responsável pela ocorrência da sífilis.

Os estudos de genética molecular que identificaram duas novas espécies de treponemas foram realizados por pesquisadores brasileiros da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro. Os investigadores descobriram que esses microorganismos estão presentes em grande parte dos casos de infecção endodôntica primária.

Segundo disseram em publicação na revista Oral Microbiology and Immunology, o Treponema parvum foi encontrado em mais da metade das amostras de dentes analisadas em laboratório pela equipe de pesquisa.

Outro germe, o Treponema putidum, também foi encontrado em algumas amostras, mas em proporção bastante inferior: 2%.

Fonte: Oral Microbiology and Immunology Volume 20 Issue 6 Page 372 - October 2005


Quem tem mais medo de ir ao dentista?

Quem tem mais medo de ir ao dentista?


(Bibliomed). A maioria das pessoas revela ansiedade e até mesmo medo de fazer um tratamento dentário. Isso se deve ao fato de que o senso comum advoga, que todos os tipos de tratamentos odontológicos são dolorosos e inconvenientes. Talvez isto seja conseqüência dos primórdios da odontologia, época em que os anestésicos eram pouco eficazes e muitas vezes a única opção terapêutica era a extração dentária forçada.



Um grupo de pesquisadores europeus publicou estudo na revista Community Dentistry and Oral Epidemiology, em Junho de 2007, no qual investigaram se o medo ao tratamento dentário guarda relação com características comportamentais individuais (a saber: internalização, exteriorização e atenção). Participaram da pesquisa 230 adultos com manifestações de ansiedade extrema quando visitavam seus dentistas. Os participantes responderam um questionário que abordava alguns aspectos associados a seus medos.


Os resultados apresentados revelaram que a internalização e a atenção, se mostraram variáveis úteis na predição da presença de medo de terapias odontológicas. Por sua vez, a exteriorização, não se correlacionou de forma adequada com a fundamentação psíquica dos medos apresentados pelos participantes, especialmente os do sexo masculino. Os indivíduos com quadro de ansiedade mais intensa, possuíam um maior risco de cursar com distúrbios de comportamento, do que os com quadros leves de medo.


Assim, os autores concluem que a avaliação comportamental, a partir de escalas de internalização e atenção, pode ser um marcador útil na determinação da história natural do medo de terapias dentárias.







Community Dentistry and Oral Epidemiology 2007; 35 (3): 186 – 194 (June)



Dor de dente está associada a fatores sócio-econômicos

Dor de dente está associada a fatores sócio-econômicos


Pesquisa mostra que ser do sexo masculino, apresentar transtorno mental comum, ter perdido muitos dentes e não visitar o dentista para uma revisão de rotina aumentam a chance de ocorrência da dor de dente.


Uma das razões mais comuns para a procura de cuidado médico-odontológico, principalmente de urgência, é a dor de dente. Considerada uma das principais causas da extração dentária, a dor de dente é provocada geralmente pelas cáries dentárias e pode impedir ou dificultar atividades diárias, tais como trabalhar, divertir-se ou se relacionar com outras pessoas. As circunstâncias sociais e o padrão de visita ao dentista estão diretamente associados à ocorrência da dor de dente. Isso é o que mostram Paulo Nadanovsky e equipe da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em um estudo realizado com 4.030 funcionários da universidade.



De acordo com artigo publicado em edição de 2006 dos Cadernos de Saúde Pública, “os objetivos deste estudo foram estimar a prevalência da dor de dente que impedisse a realização de tarefas habituais e testar sua associação com fatores sócio-econômicos, transtornos mentais comuns, número de dentes perdidos e padrão de visita ao dentista”. A coleta de dados foi realizada por meio da utilização de questionários.


Os pesquisadores observaram que a prevalência da dor de dente que impediu a realização de tarefas habituais, nas duas semanas anteriores ao preenchimento do questionário, foi de 2,9%. Menor renda, não visitar o dentista para um check-up, perder dentes, sofrer transtornos mentais comuns e ser do sexo masculino aumentaram a chance de ocorrência de dor de dente. Eles explicam que “indivíduos mais deprimidos e ansiosos podem tolerar menos uma dor de dente ou apresentar uma maior sensibilidade à dor de uma forma geral. No que diz respeito ao sexo, a maior parte dos homens só procura atendimento odontológico quando já possui algum tipo de problema”.


Segundo a equipe, a ocorrência de dor de dente em pessoas de renda mais baixa pode ser explicada pelo fato de os indivíduos que possuem escolaridade alta e maior renda procurarem os serviços preventivos de saúde com maior freqüência, possuírem melhor alimentação, mais autocuidado preventivo de uma forma geral e menos doenças bucais em relação aos que possuem baixa escolaridade e menor renda. Já a associação com o número de visitas ao dentista está relacionada, de acordo com os especialistas, ao fato de as visitas de rotina ao dentista evitarem, por meio de diversos tipos de tratamentos, que a cárie progrida até o estágio que cause dor. Dessa forma, eles alertam para a importância de as pessoas irem ao dentista com freqüência e realizarem uma boa higiene bucal.


Agência Notisa



Pouca saliva faz aumentar número de cáries

Pouca saliva faz aumentar número de cáries

Um dos fatores diretamente associados ao aumento de cáries é o baixo fluxo de saliva. Essa relação acaba de ser comprovada em um estudo realizado na Universidade de Brasília (UnB) por Soraya Leal, professora do Departamento de Odontologia (ODT) da instituição.



“A literatura científica mundial demonstra uma certa inconclusão sobre a relação da saliva com as cáries”, disse Soraya à Agencia FAPESP. “Por conta disso, resolvemos mostrar essa relação na prática, por meio de análises laboratoriais em 60 crianças”, explica. Das 35 crianças que não tinham cárie, todas apresentavam fluxo salivar entre normal e alto. Em contrapartida, as outras 25 que tinham dentes cariados apresentaram pouca saliva.

Os pesquisadores fizeram ainda uma revisão sistemática, por meio de bancos de dados na internet, de artigos sobre o assunto publicados em revistas científicas internacionais. “Com base em 70 trabalhos científicos concluímos que a probabilidade de o indivíduo apresentar cárie é bem maior quando a produção de saliva é menor do que 1 mililitro por minuto”, afirmou Soraya.

 
O estudo da UnB também verificou a relação da cárie com o pH da saliva. Nas crianças que apresentavam pH salivar neutro, entre 6 e 7, o problema não foi identificado. Entretanto, as cáries foram mais freqüentes em crianças que apresentavam uma saliva mais ácida, com pH menor que 5.

Soraya explica que para manter estável o fluxo de saliva na boca e evitar o Streptococcus mutans, bactéria causadora das cáries, o indivíduo precisa ingerir bastante água. Outra opção é a ingestão de alimentos sólidos. Como mastigá-los requer um esforço maior das glândulas salivares, a produção de saliva acaba aumentando.

“Existem alimentos, no entanto, que fazem com que o Streptococcus mutans prolifere bem mais rápido. E como a maior parte das pessoas já sabe, o açúcar é o grande vilão das cáries”, alerta a pesquisadora. Segundo ela, por ser um componente natural da boca, a saliva é o primeiro defensor contra a cárie, devido às suas propriedades antimicrobianas. "Se o fluxo salivar cai, o pH também diminui. E o pH da saliva é responsável pelo controle dos minerais do dente."

 
AGÊNCIA FAPESP



Potencial anticancerígeno

Potencial anticancerígeno
 
Cientistas descobriram potencial anticancerígeno em mais uma planta brasileira. Testes preliminares feitos com o bacupari, fruto da Rheedia brasiliensis, encontrado na região amazônica, indicaram atividade contra cinco tipos de cânceres, de nove testados.

Os trabalhos foram coordenados pelos professores Pedro Luiz Rosalen, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Marcelo Henrique dos Santos, da Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas, e João Ernesto de Carvalho, do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas, também da Unicamp.
 
Os pesquisadores isolaram do bacupari um composto pouco conhecido, o 7-Epiclusianona (7EPI). Foram realizados diversos testes biológicos com o composto para a verificação de possíveis atividades antimicrobiana, antiinflamatória e antitumoral.
 
Com base em protocolo internacional de triagem do Instituto Nacional de Saúde (NIH), dos Estados Unidos, os autores do estudo testaram a substância contra nove linhagens de células tumorais. “Em culturas de tecidos humanos, o composto apresentou grande atividade contra células cancerígenas de cinco tipos de tumores: ovário, próstata, rim, língua e pele (melanoma). Nas outras células analisadas – duas linhagens diferentes de câncer de mama, uma de pulmão e outra de câncer de língua – o composto não apresentou resultado”, disse Pedro Luiz Rosalen à Agência FAPESP.
 
Segundo Rosalen, em relação à atividade antibacteriana, o 7EPI também se mostrou promissor, agindo como uma espécie de antibiótico natural para o combate de bactérias específicas. Não foi verificado nenhum efeito antiinflamatório no composto, que teve patente requerida pela Unicamp, em fase de julgamento no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
 
As etapas seguintes do estudo envolverão a administração da droga em animais, como camundongos, que desenvolvem esses cinco tipos de cânceres. “Queremos analisar a toxicidade do composto, para verificar se ele não afeta estruturas saudáveis do organismo. Se os testes com animais apresentarem resultados positivos, o passo seguinte será de testes clínicos em humanos, sempre com base no protocolo do NIH”, disse Rosalen.
 
Para o pesquisador da FOP, apesar de ter se mostrado uma alternativa potente pelo fato de atuar mesmo em baixa concentração, os dados precisam ser consolidados nas próximas etapas do estudo. A quantidade mais baixa utilizada pelos pesquisadores foi de 250 microgramas por mililitro. A substância 7-Epiclusianona foi extraída, em sua maioria, da casca e da semente do bacupari. Da polpa, foi possível extrair uma quantidade mínima do composto.
 
“Ainda não podemos afirmar se essa substância poderá se tornar um produto de combate ou de prevenção ao câncer, pois ainda não conhecemos exatamente seus mecanismos de ação. Do ponto de vista terapêutico, para essa droga poder se confirmar como um novo fármaco para humanos, é necessário no mínimo dez anos de estudo”, explica Rosalen.

O trabalho de pesquisa tem apoio da FAPESP, na modalidade Auxílio à Pesquisa, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq).
 
Agência FAPESP

O Fim da Boca Torta: novas anestesias em tratamentos dentários diminuem a dor e o desconforto

O Fim da Boca Torta: novas anestesias em tratamentos dentários diminuem a dor e o desconforto

Muitos pacientes na cadeira do dentista temem o momento da aplicação da anestesia, por causa da dor e do incômodo. Depois de sair do consultório, o paciente ainda fica com a “boca torta” até o final do dia. “Hoje, graças à tecnologia, o dentista pode fugir desse problema e oferecer aos pacientes opções muito menos doloridas e desconfortáveis de anestesia”, diz Dr. José Carlos Garófalo, cirurgião dentista e sócio do Garófalo & Associados Odontologia, em São Paulo.

Existem vários novos equipamentos para anestesia disponíveis no mercado mundial. No Brasil o mais conhecido chama-se The Wand, uma pequena CPU que controla, através de uma programação específica, a ação de um êmbolo que determina a velocidade, a força de injeção e o fluxo do anestésico, que é injetado através de um cateter e agulha descartáveis.

A força e a velocidade de injeção são constantes, portanto a introdução do líquido anestésico é muito menos dolorida, causando menor distensão e pressão nos tecidos. Por isso é possível aplicar técnicas anestésicas diferenciadas que não causam efeitos colaterais como a "boca torta". “A aplicação é um pouco mais lenta, mas menos traumática que a injeção com seringas carpules convencionais. Todas as aplicações são padronizadas, não dependem da folclórica ‘mão leve’ ou ‘mão pesada’ do profissional”, diz Garófalo.

O uso desses equipamentos é recomendado em todo e qualquer tratamento, sendo até mais seguro em certas situações clínicas. Além da injeção do anestésico, pode ser feita a aspiração prévia, evitando-se aplicá-lo dentro dos vasos sangüíneos. Além disso, o anestésico usado é o mesmo das injeções normais, portanto o efeito tem a mesma eficácia.



Fonte:
Aline Balarini
Flöter&Schauff

Assessoria de Comunicação






Refrigerantes têm efeitos catastróficos sobre dentes

Refrigerantes têm efeitos catastróficos sobre dentes

Pesquisa mostra que, dependendo da freqüência de ingestão do produto, há perdas proporcionais e irreversíveis da estrutura superficial tanto do esmalte como da dentina. Saliva só é capaz de reverter parcialmente os efeitos.
Com a redução da prevalência de cárie a partir dos anos 60, a preocupação com a perda dos dentes tem-se voltado para outras causas, entre as quais a erosão dental, que pode ser definida como o resultado físico de uma perda de tecido duro da superfície dos dentes provocada por ácidos e/ou quelantes, sem o envolvimento de bactérias. Os resultados podem ser catastróficos para a saúde bucal, uma vez que perdas de tecido podem gerar sensibilidade, dor e má aparência. Além disso, a restauração do esmalte e/ou dentina perdidos é difícil, onerosa e requer contínuo acompanhamento. Os refrigerantes aparecem como um dos principais causadores de erosões dentárias e, por isso, Cláudia Fushida e Jaime Cury da Universidade Estadual de Campinas resolveram avaliar o efeito da freqüência de ingestão de refrigerante na erosão de esmalte-dentina e estudar a capacidade biológica da saliva na reversão das alterações.
Para tanto, foram utilizados dentes bovinos, a partir dos quais prepararam-se blocos de esmalte e dentina radicular adequados para determinação de microdureza superficial. Nove voluntários, utilizando dispositivos intra-orais palatinos contendo 4 blocos de esmalte e 4 de dentina, participaram do trabalho em 4 etapas, nas quais Coca-Cola foi ingerida de 1 a 8 vezes ao dia. De acordo com artigo publicado na edição de abril/junho da Revista de Odontologia da Universidade de São Paulo, “os fatores responsáveis pela erosão podem ser extrínsecos, intrínsecos ou idiopáticos5. Erosão extrínseca é o resultado de ácidos de origem exógena, por exemplo, o contido nos refrigerantes. Intrínseco são os ácidos produzidos por vômitos, regurgitação e refluxos recorrentes. Idiopáticos são ácidos de origem desconhecida”.
Os resultados mostram que, em função da freqüência de ingestão de refrigerante, a porcentagem de perda de dureza foi de 18,7 a 27,9 para o esmalte e de 24,6 a 32,6 para a dentina. A porcentagem de recuperação de dureza pela ação da saliva foi parcial, variando de 43,6 a 35,6 para o esmalte e de 40,5 a 34,6 para a dentina. Segundo a equipe, “houve também uma correlação significativa entre a freqüência de ingestão de Coca-Cola e a porcentagem de perda de dureza, sendo de 0,97 para o esmalte e de 0,72 para a dentina. Por outro lado, em termos de recuperação de dureza, a correlação foi negativa, -0,70 para o esmalte e -0,74 para a dentina”.
Dessa forma, os pesquisadores concluem que, dependendo da freqüência de ingestão de refrigerante, há perdas proporcionais e irreversíveis da estrutura superficial tanto do esmalte como da dentina. “Em função da natureza do fenômeno de erosão, somente medidas de promoção de saúde bucal poderiam contribuir para o seu controle. Deste modo, orientação para reduzir a freqüência de contato dos dentes com refrigerantes, alimentos ácidos ou medicamentos é o conselho mais lógico e efetivo”, ressaltam no artigo.

Agência Notisa


Dentistas de todo o planeta vêm ao Brasil para discutir os rumos da saúde bucal

Segundo o Ministério da Saúde, no Brasil crianças de 12 anos de idade têm média de 2,8 dentes cariados, perdidos ou obturados. O problema se repete em diversos países: dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 60% da população infantil mundial têm cárie. É nesse contexto local e global que o Brasil recebe a comunidade odontológica internacional entre os próximos dias 2 e 5 de setembro, em Salvador (BA), quando o país sedia a edição de 2010 do Congresso Anual Mundial da Federação Dentária Internacional (FDI’2010).



A epidemia global de cárie é um dos principais assuntos abordados pela programação do evento, cujo tema é Saúde Oral para Todos: Desafios Locais, Soluções Globais. Numa série de atividades científicas, a doença será investigada como um desafio persistente e que demanda soluções urgentes: ainda segundo o Ministério da Saúde, na adolescência a média de dentes cariados, perdidos ou obturados sobe para 6,2, chegando a 20,1 entre adultos e 27,8 nos idosos. Entre as estratégias que serão apresentadas e discutidas no FDI’2010 estão o planejamento de recursos humanos odontológicos, o aumento da conscientização do cirurgião-dentista em relação ao cuidado e ao controle da cárie e a ampla aplicação de políticas públicas como a fluoretação de águas de abastecimento.Os motivos da persistência do problema também serão avaliados. Em 1981, a OMS e a FDI formularam metas para a saúde bucal no mundo, que deveriam ser atingidas até o ano 2000. Segundo essas metas, 85% da população deveriam ter todos os seus dentes aos 18 anos de idade. No Brasil, conhecido outrora como uma nação de desdentados, já se extrai menos três milhões de dentes por ano. Isso se deve, em parte, à recente adoção de políticas públicas específicas para a saúde bucal, mas o Brasil ainda sofre de má distribuição de recursos humanos e materiais em odontologia e de uma série de outros problemas que ainda se impõem à ampla promoção da saúde bucal em todo o território.



Multidisciplinar e socialmente consciente – A programação científica do FDI’2010 conta com mais de 150 atividades desenvolvidas por especialistas de todos os continentes, e são distribuídas em quatro grandes áreas: promoção de saúde e como o cirurgião-dentista pode colaborar com ela, com destaque para o entendimento das doenças que ocorrem regional e mundialmente e em como enfrentá-las; tecnologia e clínica odontológicas, principais inovações, materiais e técnicas cirúrgicas, entre outros; perspectivas e futuro da ciência, abordando também o que vai mudar no atendimento do paciente; e odontologia integrada a outras áreas da saúde.



As grandes questões da saúde bucal ao redor do mundo também serão discutidas no Parlamento Mundial da Odontologia, espaço do FDI’2010 destinado a reuniões de associações odontológicas de mais de 140 países que compõem a FDI – entre elas a Associação Brasileira de Odontologia (ABO), que tem a maior representatividade – para debater e definir os rumos da odontologia mundial, através de fóruns abertos e reuniões das Assembleias Gerais da entidade.



SERVIÇO



FDI’2010 - Congresso Anual Mundial de Odontologia da FDI



Tema: Saúde Oral para Todos: Desafios Locais, Soluções Globais



Data: 2 a 5 de setembro de 2010



Local: Centro de Convenções da Bahia, Salvador (BA)



Programação científica com 150 atividades multidisciplinares realizadas por especialistas de todos os continentes



Exposição da indústria mundial com cerca de 300 expositores de todo o planeta apresentando os avanços tecnológicos da odontologia, novos equipamentos e produtos para as mais variadas finalidades



Parlamento com cerca de 350 representantes das associações que integram a FDI, vindas de mais de 140 países, e dezenas de reuniões de comissões, estabelecendo a direção estratégica da organização e adotando as declarações de política da entidade mundial, que influenciam as várias especialidades do mundo da odontologia



Siga o FDI'2010 na Internet: www.fdi2010.com.br

Fonte: Edita Br