quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Dentistas tentam descobrir causas que levam a falhas de implantes dentários

Um estudo que acaba de ser publicado pela revista especializada Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery tentou descobrir as principais causas de perda de implantes dentários realizados em duas unidades de reabilitação oral de Helsinque, na Finlândia.

Estudos clínicos, radiológicos e microbiológicos foram realizados em 17 pacientes que perderam um total de 30 implantes dentários. Segundo dentistas responsáveis pela investigação, a maioria dos pacientes não exibiu sintomas que indicassem a perda de seus implantes. Mais de 97% das culturas para microorganismos foram positivas, e 20% dos implantes que falharam estavam em locais de insuficiência óssea.

Os dentistas concluem que implantes devem ser realizados em locais onde sua situação seja a melhor possível, à fim de que possam ser reconstruídos e reimplantados aos primeiros sinais de falha.

Fonte: Journal of Cranio-Maxillofacial Surgery Volume 33, Issue 3 , June 2005, Pages 212-217

Doenças orais são tema de estudo envolvendo dez mil pares de gêmeos

Dez mil pares de gêmeos suecos foram selecionados para estudo científico que buscou determinar o peso de fatores genéticos e ambientais na ocorrência de doenças da cavidade oral.
Entrevistas realizadas por telefone forneceram dados acerca da saúde bucal dos participantes. Analise das informações obtidas foram realizadas pelos responsáveis pelo estudo através de modelos de equações estatisticamente adequados.
 
De acordo com a revista Journal of Dental Research, pesquisadores noruegueses, suecos e norte-americanos concluíram que existe hereditariedade ligada à ocorrência de cáries, doença periodontal e perda precoce de dentes.
 
Os fatores ambientais, entretanto, foram responsáveis pela maior parte das doenças estudadas.
 

Fonte: Journal of Dental Research 84(9):800-805, 200

Estudo japonês avalia relação entre hipersensibilidade à canela e granulomatose orofacial

Investigação mostrou que, dos 37 casos de estomatite induzida pelo produto, 12 apresentavam características da inflamação.

Alguns alimentos, corantes e produtos de higiene oral podem provocar reações de hipersensibilidade e gerar complicações. Sabendo disso, Endo e Rees do Departamento de Periodontologia da Universidade Nihon no Japão, investigaram pacientes que adquiriram estomatites induzidas por contato com a canela. O objetivo da pesquisa foi examinar nos casos selecionados fatores clínicos e histológicos consistentes com um diagnóstico de granulomatose orofacial (OFG). O estudo foi publicado em novembro de 2007 no "Medicina Oral, Patología Oral y Cirugía Bucal".

Segundo o artigo, os autores revisaram 37 casos. Desses, 12 apresentaram características cínicas de OFG, sendo a gengiva o local mais afetado. Eles identificaram ainda lesões focais não caseosas e granulomas epitelióides em quatro amostras histológicas. Outros quatro casos adicionais apresentaram células gigantes multinucleadas.

Desta forma os pesquisadores entendem que embora a granulomatose orofacial tenha múltiplas etiologias. "Está claro que, em algumas instâncias, uma reação de hipersensibilidade a produtos de canela pode suscitar lesões consistentes com OFG", dizem.

Agência Notisa

Tratamento periodontal não aumenta risco de parto prematuro

Mulheres grávidas que se submetem a tratamento periodontal não-cirúrgico não aumentam o risco de parto prematuro, revelou um estudo publicado no dia 01 de novembro.

A descoberta é resultado do maior estudo clínico realizado até agora sobre a hipótese de que o tratamento de doenças na gengiva durante a gravidez fosse mais eficaz.

Participaram do estudo 823 mulheres com doença periodontal entre a 13ª e a 17ª semanas de gravidez.
 
"O cuidado dentário durante a gravidez tem sido tratado com cautela", disse Larry Tabak, diretor do Instituto Nacional de Pesquisa Dentária e Crâniofacial. A entidade integra o Instituto Nacional de Saúde, que financiou o estudo.
 
"A descoberta de que o tratamento periodontal durante a gravidez não aumenta o risco de eventos adversos é uma boa notícia para as mulheres, especialmente para aquelas que querem fazer seu tratamento periodontal durante a gravidez", disse Tabak.
 
Os resultados do estudo serão publicados na edição desta semana do "New England Journal of Medicine".

Folha Online

Antiinflamatórios podem reduzir o risco de cancer de boca

O uso prolongado de antiinflamatórios não-esteróides, como a aspirina, parece reduzir a ocorrência de câncer da boca, uma doença relacionada ao uso do tabaco. Isso é o que sugere um novo estudo publicado recentemente na revista The Lancet.

Os antiinflamatórios não esteróides atuam bloqueando as chamadas enzimas "COX"; além de estarem envolvidas no mecanismo da dor, estas enzimas parecem ter um papel no câncer da boca, e assim, bloqueá-las com um antiinflamatório pode ter um efeito benéfico.

O estudo sugeriu que o uso das drogas poderia diminuir o risco de câncer oral em 53%, enquanto que o acetaminofen, um outro tipo de analgésico, não teve nenhum efeito na prevenção dos tumores.

Além disso, a redução no risco se relacionou com a duração do uso do antiinflamatório, ou seja, quanto mais prolongado o uso, menor o risco de câncer.

Fonte: Bibliomed

Antiinflamatórios são os principais causadores de reação alérgica

Existem, em todo o mundo, diversos estudos sobre reações a medicamentos, mas nos resultados das pesquisas sobre o assunto pouca coisa se confirma para o uso na prática clínica. A Dra. Maria Fernanda Malaman, que palestrou no XXXIII Congresso Brasileiro de Alergia e Imunopatologia, em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, afirma que a maioria do que é feito sobre reação a droga ainda é teórico, pouca coisa é usada para a nossa realidade. Porém, uma coisa é certa: “as drogas que mais causam reação no nosso meio, sem dúvida, são os antiinflamatórios não hormonais”, afirma a Dra. Malaman. Ela explica que os antiinflamatórios são medicamentos para dor, febre e inflamação, que as pessoas tomam sem receita médica e “são infinitamente mais comuns de dar reação do que a famigerada penicilina temida por todos”. A penicilina causa menos reação do que os antiinflamatórios, mas estes são usados com freqüência. A Dra. Malaman diz que atualmente a penicilina está um pouco em desuso, “mas a gente sabe que a penicilina hoje é uma droga praticamente toda sintética e por isso, o risco de reação é menor. Se antes aconteciam muitas reações é porque eram drogas muito impuras fabricadas de forma quase artesanal, porém hoje isso não acontece mais”.

Fonte:Saúde News Journal