quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dentes alinhados sem o uso de aparelho fixo

Você já imaginou como seria prático e confortável alinhar seus dentes e exibir um sorriso perfeito sem precisar comprometer sua aparência com um aparelho fixo de metal? Graças aos avanços da tecnologia odontológica associada à estética, hoje você pode tornar o seu sorriso ainda mais bonito com o uso de um aparelho móvel à noite e por algumas horas durante o dia.

Atualmente, diversas opções mais discretas que o tradicional aparelho fixo de metal, conhecido como braquetes, estão disponíveis no mercado. Os braquetes quase transparentes, ou os posicionados por trás dos dentes com a face voltada para a língua, são alternativas que vêm conquistando cada vez mais adeptos. Porém, alguns inconvenientes como manchas no aparelho transparente, dores, cortes na boca, danos ao esmalte e à raiz do dente e dificuldades de higienização continuam sem solução. Inovando no mercado com alta tecnologia em alinhamento dental, surge uma opção para corrigir a posição dos dentes de forma simples, confortável e sem estes inconvenientes: o Sistema Myobrace.

Confeccionados em silicone, a linha de aparelhos australianos Myobrace foi desenvolvida para alinhar os dentes ao mesmo tempo em que corrige a função mastigatória, a respiração bucal, a força que a língua exerce sobre os dentes e a forma incorreta de engolir a saliva. Estes problemas são conhecidos como hábitos miofuncionais, os quais muitas vezes são as causas do mau posicionamento dos dentes. Além destes benefícios, o aparelho Myobrace é muito bem aceito por exigir uso somente à noite e duas horas durante o dia, não prejudicando a estética e o conforto na realização das atividades diárias.

Segundo a Dra. Alécia Louzada, Mestre em Ortodontia e Especialista em Ortopedia Facial e ATM, a alternativa agrada aos pacientes por substituir os aparelhos de metal: “Myobrace representa um avanço tecnológico em correção ortodôntica. Com ele posso corrigir hábitos miofuncionais enquanto alinho os dentes, e o que é mais fantástico, sem o uso de braquetes. Posso utilizá-lo em crianças e em adultos. O aparelho representa também uma ótima opção para pacientes com problemas periodontais (doença que acomete os tecidos em torno dos dentes e tem como causa a placa bacteriana), pois o cuidado com a limpeza dos dentes não fica comprometido durante o tratamento, ao contrário do que acontece com o uso dos aparelhos fixos”, conclui.

O alinhamento dentário pode ajudar na prevenção das cáries e das doenças que atingem a gengiva, os ligamentos e a estrutura óssea dos dentes, pois possibilita uma higienização mais fácil e completa. Além de toda importância estética que um sorriso bonito tem para imagem pessoal, dentes alinhados promovem uma mastigação com o aproveitamento ideal dos alimentos ingeridos, contribuindo também para o bom funcionamento das articulações entre os maxilares.

Fonte: Assessoria de Imprensa/OrthoSource

Exame de Hálito poderia detectar vários tipos de câncer.

Um exame de hálito, tão barato quanto um teste de alcoolemia, pode permitir detectar o câncer de pulmão, de mama, de intestino ou próstata, garante estudo publicado nesta quarta-feira pela revista britânica The British Journal of Cancer.

Os testes feitos em 177 voluntários afetados ou não por diferentes tipos de câncer mostraram que um teste de hálito pode reagir a compostos químicos que as células cancerosas emitem e estabelecer, independentemente da idade e do sexo dos pacientes, de que tipo de câncer se trata.

Os cientistas do Instituto Tecnológico Technion de Israel já tinham anunciado há um ano que um teste de hálito poderia permitir detectar um câncer, mas só fizeram análises muito preliminares que só confirmaram a detecção do câncer de pulmão.

Os testes publicados nesta quarta confirmam a detecção possível de cânceres, ampliando-se para os de mama, intestinos e próstata.

"Este estudo mostra que um 'nariz eletrônico' pode distinguir uma respiração saudável de uma maligna, assim como detectar os diferentes tipos de câncer", disse o professor Abraham Kuten, do instituto situado em Haifa (norte de Israel).

"Se pudemos confirmar estes resultados preliminares com estudos mais profundos, esta nova tecnologia poderia se tornar uma ferramenta simples para um diagnóstico precoce", acrescentou.


Fonte: Folha Online

Pacientes não precisam mais ficar com medo de frequentar os consultórios odontológicos

Quem não se recorda daquele barulho nos consultórios odontológicos? Ou passou um processo cirúrgico que a boca ficou toda cortada. A maioria deve ter recordado momentos nada agradáveis dentro dos consultórios, mas isso já é passado, porque agora as cirurgias e procedimentos são realizados com técnicas mais modernas. Além do mais, apresentam resultados melhores para os pacientes, sem contar o conforto.
 
As técnicas das cirurgias gerais que já são empregadas em outras áreas da medicina, como para tratamento cardíaco, neurológico, ou até mesmo na coluna, estão sendo adaptadas para a odontologia. O que antes precisava fazer um corte drástico, hoje com apenas um orifício é possível visualizar o problema do paciente, com ajuda de instrumentos menores e câmeras.



No caso dos próprios exames, como as tomografias computadorizadas, que permitem ao dentista saber a espessura do osso, a posição da arcada dentária e a relação com estruturas da face como nervos e artérias, permitindo escolher o tamanho e posição do implante que substituirá um dente natural, por exemplo.



Atualmente é possível examinar os dentes dos pacientes com câmeras de vídeo intraorais, detectar cáries com aparelhos de laser e marcadores químicos ou ainda com Raios-X digital. Depois de detectadas, as cáries iniciais podem ser tratadas com auxílio de lentes de aproximação microscópicas e instrumentos adequados à odontologia "microinvasiva", promovendo a preservação dos tecidos dentais.



Os barulhinhos do motor e da broca são, aos poucos, substituídos pelos aparelhos de laser que exercem as mesmas funções. Substâncias químicas como um gel de papaína (enzima extraída da casca do mamão) em 30 ou 40 segundos conseguem limpar e permitem uma restauração de resina no local.



Pontas diamantadas em aparelhos de ultrassom removem somente o tecido cariado, sem necessidade do uso da anestesia. Outra técnica são os “jatos” de partículas de óxido de alumínio ultrafino, que também removem a cárie dental.



Além de todas essas técnicas já conhecidas, pesquisas recentes trouxeram ao mercado brasileiro um novo tratamento microinvasivo para cáries iniciais e localizadas entre os dentes. Seu objetivo é preencher com uma resina os poros do esmalte dos dentes afetados pela cárie, impedindo a progressão da lesão cariosa.



Com o uso da broca parte do dente saudável sempre é removido, e com essa técnica que não necessita do "motorzinho", o paciente preserva as estruturas dentais. Hoje as resinas não são tóxicas, e ainda restauram um dente cariado com pouquíssima destruição dos tecidos saudáveis, com a vantagem de ficarem aderidas aos dentes, impedindo uma nova infiltração.



“Como em todos os campos, os avanços da tecnologia atingem também a área odontológica. Facilitam o trabalho dos especialistas e principalmente trazem benefícios aos pacientes. Os materiais odontológicos também evoluíram, o que contribui para a estética de um sorriso cada vez mais bonito”, explica a tutora do Portal Educação, odontóloga, Christiane Linda Toriy.

Fonte:Portal Educação

Dentes podem ser doados para o Banco de Dentes da Bahia

Na troca do dente de leite por permanente é muito comum as mães orientarem seus filhos a colocar os dentes embaixo do travesseiro, para que a fada do dente venha com um presente, ou até mesmo jogar no telhado. Independente da superstição, essa tradição pode mudar. Foi inaugurado o Banco de Dentes Humanos (BDH) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), com objetivo de receber os dentes por doação para ser destinado ao transplante e estudo de universitários.

Segundo pesquisas, hoje o dente é considerado um órgão humano que se pode rastrear o DNA de uma pessoa. De acordo com o coordenador do BDH, professor Júlio Motta, a implantação do novo espaço é um processo de valorização da Odontologia. “Não há nada igual no Brasil. Antes os estudantes precisavam ir a cemitérios buscar dentes para treinar. O dente é um veículo de alta periculosidade de transmissão de Aids e Hepatite”, salienta.

Outro ponto é o processo de higienização que passarão todos os dentes recebidos, para que sejam manipulados sem riscos de contaminação. “Depois de armazenados são emprestados para treinamento dos alunos nas disciplinas, em estudos das formas dos dentes, restaurações, pesquisas e trabalhos científicos”, detalha Júlio Motta.

Um fator importante que tende a acabar é o comércio ilegal de dentes em cemitérios. “Os coveiros que vendem dentes podem ser presos. É preciso respeitar a cidadania, valorizar e divulgar os dentes como órgão humano”, conclui Motta.

No banco da Universidade, todo e qualquer dente pode ser doado. Os dentes de leite das crianças, os permanentes dos adultos em qualquer condição servem para o Banco. O projeto BDH ainda quer estimular essa participação de alunos da rede pública e privada de ensino. “Com o acesso a informações sobre a importância do ato, espera-se que crianças e adolescentes sejam agentes multiplicadores, incentivando pais e outros familiares à prática de doação de qualquer órgão humano para salvar vidas”, diz Motta.

O grande ponto positivo dessa iniciativa é o transplante brasileiro, e com a criação desse Banco, o problema poderá ser amenizado. No sul do país são 20 doadores por milhão, na Bahia só três. Para doar dentes extraídos, os interessados devem entregá-los diretamente nos postos de atendimento odontológico, em embalagem plástica ou qualquer recipiente fechado com água de torneira, que deve ser trocada a cada oito dias. O material pode, ainda, ser enviado por meio de correspondência. Mais informações pelo telefone (75) 3224-8424.

“Não é de hoje que sabemos que dente é um órgão. Por isso é extremamente proibida sua comercialização. O banco de dentes está à disposição dos estudantes. Vamos esperar uma campanha de divulgação mais massiva que possa orientar não só a criança, mas a mãe, a fim de que todos possam colaborar com as pesquisas e implante de dentes”, explica a tutora do Portal Educação, odontóloga Christiane Linda Toriy.

Fonte:Portal Educação



Idosos começam a formar um mercado promissor na Odontologia

No Paraná, estado referência em Odontogeriatria no Brasil, uma equipe de atendimento domiciliar recebeu recentemente a chamada de um senhor de 106 anos.
Quando os dentistas chegaram na casa do paciente, ele foi logo ao ponto: estava cansado de ingerir apenas sopas e papinhas e queria que lhe fizessem uma prótese total.


O caso é uma demonstração do saudável movimento que está acontecendo entre a população brasileira com mais de 65 anos. Na busca por mais qualidade de vida, os idosos estão descobrindo a importância da assistência odontológica. Querem recuperar não apenas a capacidade de mastigar, mas também a beleza que dentes bem tratados conferem a qualquer rosto, não importa a idade.
A CD Fanny Jitomirski, coordenadora do grupo de Estudos de Saúde Bucal do Idoso da ABO do Paraná, é uma das maiores responsáveis pela melhora do atendimento odontológico aos idosos brasileiros.


Sensível aos problemas enfrentados por essas pessoas, Fanny soube identificar nelas necessidades que deram origem a bem-sucedidos programas, que já começam a ser implantados em outros estados brasileiros.


"A preocupação com os idosos é crescente no Brasil e na Odontologia: não é mais possível tratá-los apenas sob o enfoque da necessidade de próteses", diz Fanny.


Boas idéias


O trabalho de assistência odontológica com a Terceira Idade começou no Paraná em 1998, a partir do I Congresso de Geriatria do Mercosul. Foi quando surgiu a idéia do "escovovódromo", que acabou se transformando em um amplo projeto implantado por Fanny.

Utilizando os escovódromos para crianças, ou em escovovódromos especialmente criados para eles, os idosos recebem a orientação de dentistas sobre as técnicas corretas de escovação e cuidados com as próteses.


Decisivo para o sucesso dos "escovovódromos" foi a resposta dos idosos paranaenses. Ao contrário do que acreditavam alguns profissionais, eles não se envergonharam de tirar suas próteses em público ou fazerem perguntas sobre a sua saúde oral.

 

Receberam com muito entusiasmo o projeto, que serviu ainda para detectar feridas cancerizáveis e diminuir o risco de doenças.  

"Assimilando as técnicas corretas de escovação da língua, os idosos recuperam o paladar e com isso, deixam de exagerar no açúcar e no sal, ajudando a controlar a diabetes e a hipertensão", diz Fanny, que é ainda coordenadora do Programa Saúde do Idoso e membro-titular do Conselho dos Direitos do Idoso no Estado do Paraná.


Foi também em 1998 que Fanny coordenou um levantamento de saúde bucal dos idosos em asilos de 67 municípios paranaenses. O resultado reforçou a necessidade de medidas urgentes de atendimento àquele público: dos 1.469 idosos examinados, metade era totalmente desdentada e destes, apenas a metade possuía próteses.


A partir dos dados coletados, muitas iniciativas surgiram e os próprios municípios começaram a desenvolver seus programas, com a assessoria técnica da ABO do Paraná.


Outra iniciativa importante foi a instalação de um programa de bochecho semanal para os idosos com fluoreto de sódio, que também vem sendo muito bem aceito pelos idosos.


Mercado crescente

Com grande e reconhecida experiência em assistência odontológica a idosos, Fanny acredita que todos os dentistas devem lembrar-se que, assim como eles próprios, também os seus pacientes envelhecerão. Por isso, é importante estar sempre atualizado nos conhecimentos referentes à Odontogeriatria.


Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida deve aumentar bastante e, até 2025, 15% da população brasileira será formada por pessoas com mais de 65 anos.


Fanny conta que não mede esforços para dar a todos os idosos a que assiste o melhor atendimento. Em seu consultório, por exemplo, instalado em uma casa histórica em Curitiba, a impossibilidade de construção de uma rampa para acesso de cadeiras de rodas foi contornada com criatividade. Fanny providenciou uma rampa removível, em alumínio, que é utilizada sempre que chega à clínica um idoso que não pode andar.


"Os idosos são pessoas esquecidas pela sociedade, especialmente as que vivem em asilos. Através destes programas, eles estão recuperando sua auto-estima e recebendo informações que lhes dão acesso à saúde que têm direito. Existem muitos cuidados simples que ajudam muito, mas que os idosos ignoram", diz ela.

Com toda a experiência que acumulou nos últimos anos, Fanny sente-se à vontade para lembrar aos seus colegas dentistas que é possível criar alternativas de trabalho, mesmo dentro de um mercado competitivo como o brasileiro. O atendimento odontológico de qualidade aos idosos é um exemplo disso.


Segundo Fanny, são os próprios dentistas que precisam começar as mudanças, inclusive modificando a sua postura de trabalho: "O dentista não pode falar para o próprio dentista. Para que as coisas aconteçam, ele tem que falar para as pessoas, para a sociedade", diz Fanny.

Fonte:Medcenter Odontologia

Procedimento Odontológico pode Causar Nascimento Prematuro

(HealthDayNews) -- O número de nascimentos prematuros em mulheres grávidas com doença periodontal, pode ser reduzido atravez do uso de um procedimento odontológico não-cirúrgico.É o que afirma um estudo na edição de agosto do Journal of Periodontology.

Periodontite é uma infecção séria das gengivas, que destrói as fibras do ligamento e o osso de suporte que sustentam os dentes na boca.

O estudo em 366 mulheres com periodontite descobriu que raspagens e alisamentos radiculares resultaram em uma redução de até 84 por cento nos nascimentos prematuros entre mulheres que estavam grávidas a menos de 35 semanas.
 
Raspar e alisar as raízes são procedimentos comuns executados por um periodontista. Neste procedimento, as superfícies do dente e raízes são limpas e se remove a placa bacteriana e tártaro de bolsas periodontais profundas e se realiza o alisamento da raiz para remover toxinas bacterianas.
 
O estudo também descobriu que a terapia conjunta com metronidazol - um antibiótico usado para tratar infecções - não reduziu a taxa de nascimentos prematuros. Na verdade, o estudo descobriu que mulheres que receberam o tratamento antibiótico depois de raspagens e alisamentos radiculares, tiveram mais nascimentos prematuros do que aquelas que receberam raspagens e alisamentos radiculares e um placebo.

“O que isto quer dizer é que as raspagens e alisamentos radiculares podem reduzir significativamente as chances de uma mãe ter um nascimento prematuro", afirma a autora do estudo, Marjorie Jeffcoat, da Universidade do Alabama, na escola de Odontologia de Birmingham.
 
“Nós não achamos nenhuma evidência de que a adição de um antibiótico para raspagens e alisamentos radiculares traria algum benefício neste estudo. Porém, mais pesquisas precisam ser conduzidas para determinar a razão para uma diminuição eficaz”, Jeffcoat diz.



HealthDayNews

Hora de relaxar e...

Consultórios odontológicos adotam terapias alternativas como acupuntura, homeopatia, hipnose e Florais de Bach para minimizar a dor e o estresse dos pacientes

O nervosismo e a ansiedade que aparecem ao se deitar na cadeira do dentista é coisa do passado. Graças ao estudo de terapias alternativas como a acupuntura, a homeopatia, a hipnose e os Florais de Bach, entre outras, os pacientes em Brasília podem agora relaxar no gabinete dentário.

Os tratamentos fast food – rápidos, invasivos, geradores de tensão, além de doenças – estão sendo trocados pelos "naturebas" – que enxergam o paciente como um todo físico e emocional. O Conselho Regional de Odontologia (CRO), por meio da Comissão de Terapêuticas Integrativas e Complementares, apóia estas iniciativas, afirma seu presidente, o odontólogo Nilo Celso Pires.

Desejo

O estudo de técnicas menos invasivas, mais naturais e menos agressivas é um desejo da população, assinala. "Há uma demanda da sociedade por este tipo de atendimento dentário. Pesquisa realizada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) neste ano aponta que 70% da categoria no País tem interesse na normatização do assunto. Não é para menos, posso assegurar, por experiência própria, que estes tratamentos são efetivos", acentua Nilo.

O processo de regulamentação para adequar estas práticas ao cotidiano dos dentistas está em curso, assinala o presidente da Comissão de Terapêuticas Integrativas e Complementares do CRO, Saulo França Teles. Especialista no assunto, Teles acredita que até o final do ano a normatização esteja aprovada pelo CFO.
"Todo o Brasil está trabalhando neste sentido. Em julho teremos em Brasília congresso com este objetivo. Em setembro, no Mato Grosso, novo encontro decidirá sobre a questão", acentua.
Segundo Teles, a utilização destas práticas é uma tendência mundial. "A relação dentista-paciente nas terapêuticas alternativas fica mais humanizada. O tratamento tradicional, mecânico e rápido, é igual à comida fast food – resolve na hora, mas traz conseqüências negativas à longo prazo", ressalta.
Solução
A diferença da resposta do paciente no tratamento tradicional e no alternativo é clara, assegura Teles. "Visto como uma pessoa completa, analisado seu organismo e suas emoções, o paciente se sente acolhido e se conscientiza da sua participação na solução de seus problemas de saúde", afirma.

"Um problema de Disfunção da Articulação Temporo-Mandibular ou de bruxismo (ranger de dentes) pode ser consequência de ansiedade ou de nervosismo, sintomas que podem ser combatidos com a acupuntura, hipnose, homeopatia ou florais", acentua. As dores de cabeça tensionais são comuns nos portadores de bruxismo. Outro problema é dor da articulação da mandíbula. Esta também pode sofrer estalos, travamento, restringir a abertura da boca e desviar para o lado ao abrir e fechar.

Tipos de tratamento

Acupuntura

Ciência milenar chinesa aceita nos tratamentos médicos, consiste na inserção de agulhas finas em determinados pontos do corpo humano para estimulá-los. É utilizada com sucesso em doenças dos sistemas músculo-esquelético, respiratório, neurológico, digestório. Auxilia, também, no tratamento da depressão e ansiedade.

Bio Cibernética Bucal (BCB)

Os tratamentos tradicionais de restaurações geram freqüentemente disfunções e doenças de postura na boca do paciente. Para evitar estas situações a BCB redimensiona os espaços fisiológicos perdidos antes de proceder ao trabalho de recuperação.

Terapêutica Gnatoneural

Atua na dor decorrente de disfunções mandibulares, ajustando a mordida por meio de desgastes ou acréscimos. Este tratamente alivia os sintomas da Disfunção da Articulação Têmporo-Mandibular (DTM), dores na face, dores de cabeça, bruxismo (hábito de apertar e ranger os dentes), fibromialgia (dor generalizada no sistema muscular) e outras lesões neuromusculares.

Homeopatia

O cirurugião-dentista homeopata avalia a saúde bucal, os sintomas e os aspectos emocionais do paciente. Atua nas afecções orais, no pré e pós-operatório contra a ansiedade e o medo. Torna o tratamento mais humanizado e sem efeitos colaterais.

Antroposofia

Abordagem interdisciplinar, analítica e sistêmica dos pacientes, que cobre toda a vida humana, daí suas aplicações em praticamente todas as áreas da vida. Fundada pelo filósofo Rudolf Steiner no início do Século XX. Trabalha com técnicas e recursos de baixa complexidade tecnológica e estimula as forças curativas do próprio organismo.

Florais

Os Florais de Bach levam este nome em homenagem ao médico inglês Edward Bach, seu descobridor. Consistem em 38 medicamentos naturais preventivos de doenças. Eles buscam o equilíbrio bio-psico-emocional e podem ser utilizados em pessoas em coma, portadores de necessidade especiais e até em animais. São utilizados no combate ao herpes labial, bruxismo, halitose, dor, sangramento, irritabilidade, entre outras patologias.

Reiki

Terapia de origem japonesa baseada na manipulação da energia vital por meio da imposição de mãos tem o objetivo de restabelecer o equilíbrio do organismo, prevenindo doenças. Ajuda no relaxamento da tensão muscular, no restabelecimento do sistema imunológico, na desintoxicação orgânica, na recuperação de cirurgias e fraturas, e, ainda, na depressão, ansiedade, síndromes do medo e do pânico, falta de ânimo e outras doenças.

SUS deve adotar técnica

O secretário da Comissão de Terapêuticas Integrativas e Complementares do CRO, José Luiz Larixchia Martins, é especializado em acupuntura. "Esta terapia é praticada há mais de cinco mil anos na China e no Brasil desde a década de 1950. Só a partir de 1970, com o interesse dos Estados Unidos pelo assunto é que a especialidade expandiu-se", comenta.

No seu consultório esta terapia é utilizada para controlar a dor, aumentar a função imunológica, reduzir o estresse e a ansiedade, contribuindo para diminuir a necessidade do paciente ingerir drogas analgésicas e antiinflamatórias. Seu colega Gil Montenegro é especializado em hipnose. "Este é um campo reconhecido pela comunidade científica mundial e exige habilitação e treinamento específico. Pode ser empregado com excelentes resultados no controle da dor", assegura.

O funcionário público Darlan Martins, 37 anos, concorda com os especialistas. "As terapias alternativas funcionam", ressalta. "Desde pequeno odeio ir ao dentista. Suo as mãos, fico irritado e quero logo sair dali. Só depois da acupuntura conseguir ficar quieto na cadeira", conta. A arquiteta Maria Lúcia Guimarães Lousada, 42 anos, é outra adepta destas terapêuticas. "Os florais me deixam mais receptiva ao tratamento", assinala.

Já o engenheiro José Guedes, 45 anos, aderiu à Terapêutica Gnatoneural. "Tinha uma dor-de-cabeça horrível e não conseguia descobrir o que era. Me surpreendi quando o otorrino me disse para procurar um dentista, pois era conseqüência de Disfunção Têmporo-Mandibular. Com o tratamento com a técnica gnatoneural resolvi o problema", destaca.

O Ministério da Saúde já deu sinal verde para a regulamentação das terapias alternativas. "Na Medicina, a acupuntura e a homeopatia já são aceitas no tratamento de doenças. Acredito que o mesmo ocorra em relação ao tratamento odontológico", destaca o coordenador nacional da Saúde Bucal, Gilberto Pucca.

Sua expectativa é que em dois anos a normatização do uso destas terapêuticas em consultórios dentários esteja pronta. Ela permitirá que os 65 mil profissionais do programa federal Brasil Sorridente, distribuídos por 3.500 municípios brasileiros ofereçam aos seus 70 milhões de pacientes a oportunidade de conhecerem este tipo de tratamento dentário.

"Cabe ao Sistema Único de Saúde (SUS) acolher a normatização e repassar o dinheiro do programa aos estados e municípios. Estes, no final, é que concretizarão o acesso da população a estes benefícios", ressalta.

Jornal de Brasília

O uso da Clorexidina na prática odontológica

O uso da Clorexidina na prática odontológica
Profa.Jacqueline Vasconcelos


Uso e Administração


O Digluconato de Clorexidina é uma guanida com efeito anti-placa maior que outros agentes antimicrobianos, devido à sua acentuada capacidade de absorção aos dentes e às superfícies mucosas, com posterior liberação na cavidade oral em níveis terapêuticos, sendo liberada no período de 24 h.


Quando usada em altas concentrações, possui efeitos bactericidas e, em baixas concentrações, exerce efeito bacteriostático presente na placa.




Pesquisas demonstram que o bochecho durante 1 minuto, 2 vezes ao dia, com 10 ml da solução a 0,2% de clorexidina, previne completamente o desenvolvimento da gengivite. Os bochechos devem durar de 30 a 45 segundos, para assegurar uma boa absorção, e não é recomendado o seu uso imediato antes ou após a escovação com dentifrícios não convencionais.



Preferencialmente, os bochechos devem ser feitos após a última refeição do dia.


A clorexidina sob a forma de gel 0,5% tem sido usada também no tratamento de estomatites e candidíase oral, aplicada por um período de 5 minutos, 1 ou 2 vezes ao dia. é uma boa alternativa para a manutenção da higiene oral em crianças com deficiência física ou mental, cujo controle mecânico da placa é impossível de ser atingido. O spray também é uma opção neses casos, sendo que os métodos normais de higiene oral podem ser difíceis e demorados, por ser de fácil aplicabilidade e tão efetivo quanto a solução aquosa no controle da placa e da gengivite.



Indicações Clínicas



1. Durante a fase de cicatrização, pós intervenções cirúrgicas orais;


2. /antes do procedimento cirúrgico-oral, ou periodontal, para prevenir bacteriemia pós-cirúrgica;


3. Durante a terapia de ulcerações aftosas;


4. Durante o tratamento de estomatites protéticas;


5. Pacientes com deficiência física ou mental;


6. implantes dentais;


7. Pacientes que apresentam alta atividade de cárie;


8. Portadores de aparelho ortodôntico;


9. No momento da moldagem;


10. Junto com a pasta profilática;


11. Na instrumentação de canal;


12. Associado ao cimento cirúrgico.



Efeitos Colaterais



A Clorexidina pode penetrar na mucosa oral, mas a quantidade é provavelmente muito pequena. todavia, alguns efeitos colaterais pouco sérios têm sido relatados como descolorações nos dentes, em restaurações, no dorso da língua, descamação e sensibilidade oral. O gosto amargo da solução e a interferência na sensação gustativa por algumas horas após o bochecho têm sido relatados,



A descamação e a sensibilidade da mucosa oral, que parecem ocorrer em poucos pacientes, podem ser facilmente evitadas através da redução de concentração da solução aplicada. Portanto, a Clorexidina, como qualquer outro agente antimicrobiano potente, deve ser administrada somente sob supervisão profissional, e os diferentes métodos de aplicação devem ser adaptados às necessidades individuais do paciente.


Apresentação


- Digluconato de Clorexidina em solução a 0,12%;


- Digluconato de Clorexidina em spray a 0,2%;


- Digluconato de Clorexidina em gel a 0,5%


- Digluconato de Clorexidina em sabonete líquido a 2,0%, 4,0%


- Digluconato de Clorexidina em solução aquosa a 2,0%;


- Digluconato de Clorexidina em solução alcóolica a 0,5%.

Observações

Estudos realizados nos Estados Unidos evidenciaram que não ocorrem efeitos colaterais em pacientes imunodeprimíveis (renais crônicos, portadores de HIV, etc.), sendo aconselhável associar a Clorexidina com a dietaterapia, pois, desta foram, ocorrerá a redução da microbiota oral e, ao mesmo tempo, será mantida.




JAO - Jornal de Assessoria ao Odontologista, Ano IV - 27 - Set./Out.2001

Clareamento dental não faz milagre

Feito o estrago, nem o clareamento dental restaura a cor original dos dentes. O procedimento, que é vedete na odontologia estética, também não faz um branqueamento, esperado por muitos pacientes.
Dentes acinzentados ou amarelados poderão clarear dentro de seus matizes,


explica a dentista Fátima Zanin, doutora pela UFRJ e especialista no assunto.

"Muitos acham que o clareamento é um branqueamento. Mas o resultado é baseado em como é o dente", diz Zanin. "E também não existe dente branco como uma folha sulfite", explica.


Segundo ela, alguns matizes mais claros refletem melhor a luz, por isso dão a falsa impressão de que são branquíssimos.


De acordo com o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, Marcelo Fonseca, em 20% dos casos o resultado do clareamento é insignificante. "Não dá para prevê-lo", afirma. Segundo ele, dentes em tons acinzentados e amarronzados são mais resistentes. Os manchados pelo uso do antibiótico tetraciclina durante a infância também dificilmente têm melhoras com o clareamento.


Fonseca afirma, no entanto, que a técnica, mesmo quando causa uma leve melhora da cor, já ajuda na auto-estima do paciente. "Alguns choram de felicidade quando vêem o resultado", afirma Zanin. Fonseca diz que o procedimento hoje é mais realizado na área de estética nos consultórios dentários. "É uma febre até entre adolescentes."


O casal de apresentadores Cida Marques, 27, e Márcio Moraes, 44, se diz fã do procedimento. A apresentadora hoje só faz o clareamento com orientação. Mas já abusou. Aplicava o clareador para dormir, apesar de ter recebido recomendação para manter o produto na boca por apenas três horas por dia. "Acordava com os dentes doloridos. Não podia comer que dava um arrepio."


Os dentistas recomendam que as sessões de clareamento tenham um intervalo de pelo menos seis meses. Abusar de oluções branqueadoras e utilizá-las sem orientação é um risco. Pode levar à hipersensibilidade e à fragilização dos dentes.


As diferentes técnicas de clareamento utilizam a mesma substância ativa, o peróxido de hidrogênio em altas concentrações, que oxida os pigmentos.


Segundo o professor titular de endodontia da USP João Humberto Antoniazzi, a alteração da cor dos dentes é natural no envelhecimento. Pessoas que fazem muito regime e ficam com a boca muito ácida também estão propensas ao problema. "Algumas pessoas têm uma acidez natural que pode ser controlada com uma pasta de dentes específica", diz.


O consumo exagerado de alimentos com pigmentos fortes, como café, chá preto e chocolate também pode escurecer os entes. O fumo é um dos principais causadores de dentes escuros. Mas também a má oclusão (ato de cerrar os dentes) pode levar a alterações de cor.

O escurecimento por traumas ou morte da polpa do dente (nervo) são os mais difíceis de tratar. O clareador tem de ser njetado na câmara do dente, e o procedimento só pode ser repetido três vezes.



O clareamento pode ser feito no consultório ou com o uso de moldeiras e da solução clareadora em casa, por um eterminado período e número de horas.


Folha de São Paulo



Flúor: de aliado a vilão

Nos últimos trinta anos, o número de brasileiros com cárie caiu cerca de 70%. O grande responsável por essa redução tão significativa foi o flúor. Ao longo desse período, o mineral foi misturado à água pelas companhias municipais de saneamento e adicionado aos cremes dentais. O flúor fortifica o esmalte, uma espécie de capa protetora dos dentes. Com a difusão de seu uso, outro problema surgiu – a fluorose, o excesso de flúor no organismo. Afinal, a substância não se encontra apenas na água e nos cremes dentais: ela também está presente em diversos alimentos, como chás, leite em pó e cereais. "Passou a haver uma ingestão exagerada de flúor", diz a cirurgiã-dentista Marília Buzalaf, professora da Universidade de São Paulo. As grandes vítimas desse consumo desmedido são as crianças. Em algumas cidades do Brasil, como Porto Alegre, mais da metade da população entre 8 e 14 anos sofre do mal. Em seu grau mais leve, a fluorose se manifesta por intermédio de pequenas manchas brancas sobre o dente. Nos casos mais avançados, ela enfraquece o dente de tal forma que, além de ficar mais suscetível à cárie, ele pode se quebrar com facilidade.
 
A fluorose é um mal que avança silenciosamente. O excesso do mineral pode começar a estragar os dentes antes de eles nascerem. A incidência do problema é maior entre as crianças porque, não bastasse o consumo natural de flúor, elas tendem a consumir doses extras ao engolir, sem querer, pasta de dente. Vários estudos já mostraram que, até os 7 anos de idade, elas chegam a ingerir 80% da pasta de dente usada numa escovação. Por isso, vários odontopediatras recomendam que crianças de até 7 anos usem apenas cremes dentais com baixas concentrações de flúor. E que a quantidade de pasta, nesses casos, seja equivalente a um grão de arroz.
 
A melhor arma na prevenção da fluorose é ensinar às crianças como fazer uma higiene bucal adequada e manter em dia as visitas ao dentista. Simples assim. A fluorose não se combate com o abandono do uso do flúor. Mesmo porque, para muitos brasileiros, especialmente os das camadas mais pobres, a água fluorada é ainda a única arma contra a cárie. Além disso, quando o dente já está formado, tanto em crianças quanto em adultos, o mineral não representa nenhuma ameaça. Ao contrário: é um grande aliado.
 
VEJA Saúde

Ozônio: um novo agente para tratamento de cáries dentárias?

Cáries dentárias são doenças infecciosas de natureza bacteriana que afetam a superfície dos dentes, determinando sua desmineralização e cavitação, o que ocasiona desconforto e dor.

Alguns estudos indicaram que, pela sua toxicidade para certas bactérias, o ozônio poderia representar um importante elemento do arsenal atualmente disponível para o tratamento da cárie.

Uma revisão sistemática da literatura realizada através do banco de evidências Cochrane avaliou a efetividade do ozônio como elemento terapêutico contra cáries. De acordo com dados disponíveis pelo sistema de atualização Update, faltam ainda informações consistentes que permitam avaliar a eficácia do ozônio como agente terapêutico contra cáries dentárias.

Assim, sua utilização ainda não seria recomendada na realização de tratamentos dentários convencionais.

Fonte: The Cochrane Library, Issue 3, 2004. Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd.

Falta de dentes piora qualidade de vida

Um sorriso comprometido é causa de perda na qualidade de vida das pessoas, afirmam cientistas britânicos em estudo publicado na mais nova edição da revista British Dental Journal.
Entrevistas com mais de 7 mil pessoas na Austrália e no Reino Unido mostraram que a percepção da qualidade de vida estava intimamente relacionada ao número de dentes presentes na boca dos entrevistados. Em ambos os países os índices de qualidade de vida foram significativamente melhores em pessoas com 25 ou mais dentes. Os piores escores, no Reino Unido, ocorreram em pessoas com menos de 17 dentes naturais, e, na Austrália, naqueles com menos de 21 dentes.
 
Ainda segundo o mesmo estudo, como idosos tendem a ter menos dentes que os jovens, eles também foram um dos grupos que relatou pior qualidade de vida associada à saúde bucal.
 
Fonte: British Dental Journal (2004); 197, 393.

Novo Tratamento pode Eliminar a Broca

Esmalte sintético pode evitar obturação, dizem cientistas


Cientistas japoneses disseram na revista especializada Nature ter desenvolvido um esmalte sintético para tratar as cáries que pode eliminar a necessidade de realizar pequenas obturações nos dentes.
 
Ele é feito de uma versão modificada de um material chamado hidroxiapatita, cuja composição química é semelhante à do esmalte natural dos dentes.
 
Os cientistas do Instituto Dental FAP, de Tóquio, também afirmaram que a pasta torna desnecessário o uso da broca para tratar problemas nos dentes.
 
Hoje em dia, quando os dentistas vão arrumar pequenas áreas nos dentes cariados, eles precisam retirar um pedaço do dente que ainda está sadio para poder colocar a obturação. Para isso usam a broca.
 
Fortalecimento
 
Para testar o novo produto, os cientistas trataram com ele um dente pré-molar inferior que apresentava sinais de deterioração.

Eles observaram então que o esmalte sintético se fundiu como o revestimento natural do dente.
 
Além de curar a cárie, o produto também evita o surgimento de outras, pois fortalece o dente, afirmaram os cientistas.
 
Eles compararam a hidroxiapatita modificada com outro tratamento alternativo para as cáries, o uso de uma solução de flúor fosfato acidulado e concluíram que esta solução deixa uma lacuna com o esmalte natural do dente.
 
Ressalva

Mas a equipe liderada por Kazue Yamagishi ressalvou que o uso da hidroxiapatita modificada exige um cuidado especial – a substância não deve entrar em contato com as gengivas, sob risco de causar uma inflamação.
 
A dentista Liz Kay, assessora científica da Associação Dental da Grã-Bretanha, observou porém que o artigo da Nature “não parece descrever uma nova ‘cura’ para a deterioração dos dentes”.
 
“Já há muito tempo se sabe que a deterioração, quando diagnosticada bem cedo, pode ser revertida por meio da aplicação de flúor e mantendo um PH neutro ou alcalino na boca”, disse ela.
 
“Assegurar-se de que os dentes estão em um ambiente livre de ácido e escová-los duas vezes por dia com uma pasta de dente com flúor é um método simples e aprovado clinicamente para combater a deterioração precoce.”
 
Fonte: BBC

Estudo aponta que hipoplasia dental pode ajudar no diagnóstico precoce da doença celíaca

Crianças e adolescentes com doença celíaca que foram avaliados por pesquisadora mineira apresentaram chance 12,5 vezes maior de desenvolver a hipoplasia do que as que não possuíam.

O diagnóstico de hipoplasia dental pode ajudar médicos a identificar a doença celíaca. Foi a esta conclusão que chegou a cirurgiã-dentista Luciana Quintão Foscolo Melo, em sua tese de mestrado “Prevalência da hipoplasia de esmalte dental em pacientes celíacos” defendida em outubro deste ano, na Faculdade de Medicina da UFMG. Segundo notícia da assessoria de comunicação da universidade, a autora avaliou 66 crianças e jovens atendidos no Ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG.

De acordo com a notícia, Melo identificou que “a incidência de celíacos com hipoplasia dental foi de 88,2%, enquanto no grupo de pacientes não-celíacos, atingiu 28,6%. De acordo com o estudo, as chances de um paciente celíaco desenvolver a hipoplasia dentária são 12,5 vezes maiores que a de um não-celíaco”. Porém, embora seja mais freqüente em pacientes com doença celíaca, indivíduos com quadros como diabetes, asma, bronquite e traumas também podem ser acometidos pela hipoplasia dental.

Vale lembrar que esta doença, a celíaca, que atinge 1% da população, é uma intolerância permanente ao glúten. “Os sintomas mais freqüentes são o atraso do crescimento e, em adolescentes, puberdade retardada. Outros são, diarréia, vômitos, perda de peso e musculatura e falta de apetite”, diz a publicação. A pesquisadora afirma na notícia, que as dificuldades na troca de informações entre médicos e dentistas são entre outras coisas, em função do desconhecimento da doença celíaca pelo profissional de odontologia. Por conta disso, ela considera necessária a ampla divulgação de informações sobre esta patologia.

Agência Notisa