quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Estudo aponta que hipoplasia dental pode ajudar no diagnóstico precoce da doença celíaca

Crianças e adolescentes com doença celíaca que foram avaliados por pesquisadora mineira apresentaram chance 12,5 vezes maior de desenvolver a hipoplasia do que as que não possuíam.

O diagnóstico de hipoplasia dental pode ajudar médicos a identificar a doença celíaca. Foi a esta conclusão que chegou a cirurgiã-dentista Luciana Quintão Foscolo Melo, em sua tese de mestrado “Prevalência da hipoplasia de esmalte dental em pacientes celíacos” defendida em outubro deste ano, na Faculdade de Medicina da UFMG. Segundo notícia da assessoria de comunicação da universidade, a autora avaliou 66 crianças e jovens atendidos no Ambulatório de Gastroenterologia Pediátrica do Hospital das Clínicas da UFMG.

De acordo com a notícia, Melo identificou que “a incidência de celíacos com hipoplasia dental foi de 88,2%, enquanto no grupo de pacientes não-celíacos, atingiu 28,6%. De acordo com o estudo, as chances de um paciente celíaco desenvolver a hipoplasia dentária são 12,5 vezes maiores que a de um não-celíaco”. Porém, embora seja mais freqüente em pacientes com doença celíaca, indivíduos com quadros como diabetes, asma, bronquite e traumas também podem ser acometidos pela hipoplasia dental.

Vale lembrar que esta doença, a celíaca, que atinge 1% da população, é uma intolerância permanente ao glúten. “Os sintomas mais freqüentes são o atraso do crescimento e, em adolescentes, puberdade retardada. Outros são, diarréia, vômitos, perda de peso e musculatura e falta de apetite”, diz a publicação. A pesquisadora afirma na notícia, que as dificuldades na troca de informações entre médicos e dentistas são entre outras coisas, em função do desconhecimento da doença celíaca pelo profissional de odontologia. Por conta disso, ela considera necessária a ampla divulgação de informações sobre esta patologia.

Agência Notisa



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