sábado, 7 de agosto de 2010

Dor de dente está associada a fatores sócio-econômicos

Dor de dente está associada a fatores sócio-econômicos


Pesquisa mostra que ser do sexo masculino, apresentar transtorno mental comum, ter perdido muitos dentes e não visitar o dentista para uma revisão de rotina aumentam a chance de ocorrência da dor de dente.


Uma das razões mais comuns para a procura de cuidado médico-odontológico, principalmente de urgência, é a dor de dente. Considerada uma das principais causas da extração dentária, a dor de dente é provocada geralmente pelas cáries dentárias e pode impedir ou dificultar atividades diárias, tais como trabalhar, divertir-se ou se relacionar com outras pessoas. As circunstâncias sociais e o padrão de visita ao dentista estão diretamente associados à ocorrência da dor de dente. Isso é o que mostram Paulo Nadanovsky e equipe da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) em um estudo realizado com 4.030 funcionários da universidade.



De acordo com artigo publicado em edição de 2006 dos Cadernos de Saúde Pública, “os objetivos deste estudo foram estimar a prevalência da dor de dente que impedisse a realização de tarefas habituais e testar sua associação com fatores sócio-econômicos, transtornos mentais comuns, número de dentes perdidos e padrão de visita ao dentista”. A coleta de dados foi realizada por meio da utilização de questionários.


Os pesquisadores observaram que a prevalência da dor de dente que impediu a realização de tarefas habituais, nas duas semanas anteriores ao preenchimento do questionário, foi de 2,9%. Menor renda, não visitar o dentista para um check-up, perder dentes, sofrer transtornos mentais comuns e ser do sexo masculino aumentaram a chance de ocorrência de dor de dente. Eles explicam que “indivíduos mais deprimidos e ansiosos podem tolerar menos uma dor de dente ou apresentar uma maior sensibilidade à dor de uma forma geral. No que diz respeito ao sexo, a maior parte dos homens só procura atendimento odontológico quando já possui algum tipo de problema”.


Segundo a equipe, a ocorrência de dor de dente em pessoas de renda mais baixa pode ser explicada pelo fato de os indivíduos que possuem escolaridade alta e maior renda procurarem os serviços preventivos de saúde com maior freqüência, possuírem melhor alimentação, mais autocuidado preventivo de uma forma geral e menos doenças bucais em relação aos que possuem baixa escolaridade e menor renda. Já a associação com o número de visitas ao dentista está relacionada, de acordo com os especialistas, ao fato de as visitas de rotina ao dentista evitarem, por meio de diversos tipos de tratamentos, que a cárie progrida até o estágio que cause dor. Dessa forma, eles alertam para a importância de as pessoas irem ao dentista com freqüência e realizarem uma boa higiene bucal.


Agência Notisa



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente