terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Higienização da escova de dentes deve ser diária


Além dos cuidados que você já tem com a saúde bucal de sua família, é preciso também higienizar a escova de dentes todos os dias


Manter em dia a higiene da boca é muito importante para a sua saúde e a do seu filho. E a limpeza da escova de dentes faz parte desse cuidado. Não basta lavar e retirar o excesso de água da escova. É preciso higienizá-la diariamente com produtos que tenham ação antimicrobiana, como os enxaguantes bucais. Isso porque, em nossa boca, existem cerca de 900 espécies de bactérias capazes de sobreviver por um dia inteiro entre as cerdas, prontas para "voltar ao lar" na próxima escovação. 



Uma pesquisa feita em 2008 pela Forp (Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da USP) mostrou que, entre 40 mães de bebês de 1 a 3 anos, apenas uma fazia desinfecção da escova dental. O resultado foi ainda pior com as mães de crianças entre 6 e 12 anos: das 40, nenhuma relatou fazer a higienização. E apenas quatro das participantes do estudo disseram ter recebido algum tipo de orientação sobre cuidados com as escovas após o uso.

Para Paulo Nelson Filho, especialista em odontopediatria e um dos realizadores desse levantamento, a orientação deve partir dos dentistas para que a higienização das escovas torne-se parte da rotina dos pacientes. "Assim como ninguém reutiliza fio dental ou veste a mesma roupa por dias seguidos, a desinfecção desses itens é um hábito de higiene pessoal que deve ser adquirido", reforça o pesquisador. 




Como fazer

1. Armazene o enxaguante bucal numa embalagem spray de plástico ou de vidro.

2. Borrife-o nas cerdas e na cabeça da escova uma vez ao dia, após escovar os dentes à noite.

3. Guarde a escova no armário do banheiro e não sobre a pia. O banheiro é o cômodo da casa que está mais sujeito à contaminação por microorganismos.

4. Antes de utilizar a escova novamente, pela manhã, lave-a em água corrente. Assim você retira as bactérias mortas.

5. Para eliminar o excesso de água após a escovação, bata o cabo da escova na pia. Não use a toalha de rosto para secá-la.


O que comprar

Há diferentes princípios ativos nos enxaguantes bucais. Segundo Nelson Filho, os mais eficazes para desinfecção são os que apresentam a substância digluconato de clorexidina, em concentração de 0,12%. "Mas não importa o produto que você escolha. O fundamental é fazer a higienização correta", diz o especialista.


O que as mães não devem esquecer
- A boca da criança pede escovas com cerdas mais suaves e com cabeça menor

- No caso dos cremes dentais com flúor, uma quantidade equivalente a um grão de arroz é suficiente e segura

- A escovação deve acontecer após as refeições, três vezes ao dia

- Se seu filho já escovou os dentes e está indo dormir, não dê alimentos para ele

- Troque a escova de dentes a cada 2 ou 3 meses

- O fio dental já pode ser usado desde que aparecem os primeiros molares (entre os 2 e 3 anos)

- Ensine seu filho a escovar os dentes sempre, e da maneira correta. Crie nele o hábito de cuidar bem da saúde da boca.



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mapeamento da contaminação ambiental através do Esmalte Dentário

Uma nova técnica promete facilitar o processo de mapeamento da contaminação ambiental por chumbo em grandes populações. A cirurgiã-dentista Glauce Costa de Almeida, da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, demonstrou em seu mestrado que o esmalte do dente pode ser utilizado como marcador de poluição ambiental de uma determinada área. "Além disso, a técnica se mostrou de fácil execução, rápida e muito pouco invasiva, o que facilita a análise em populações de baixa faixa etária", afirma a pesquisadora, que trabalhou na área de Odontopediatria.



No estudo, Glauce analisou a composição do esmalte de cerca de 270 crianças, entre quatro e seis anos, de escolas públicas na cidade de Ribeirão Preto e de uma região em Bauru, próxima a uma fábrica de reciclagem de baterias.

Os resultados mostraram que em Bauru, as crianças apresentavam, em média, três vezes mais chumbo no esmalte de seus dentes em relação às crianças da outra cidade. Enquanto as concentrações em Ribeirão Preto ficavam entre 100 microgramas por grama de esmalte, em Bauru nenhuma criança obteve uma proporção menor que 400, atingindo cifras superiores a 1.000.

Segundo Glauce, a contaminação por chumbo pode causar inúmeros danos à saúde , sendo o sistema nervoso central o principal atingido. Quando os contaminados são crianças em crescimento o perigo é maior, podendo prejudicar o desenvolvimento neurológico e acarretar problemas como nefropatia (nos rins), infertilidade masculina e comprometimento da audição. "Algumas crianças atendidas em Bauru já haviam sido internadas para tratamento em Botucatu", conta.

Indolor
Exames de sangue, a técnica mais utilizada para a detecção dos níveis de chumbo no organismo, são difíceis de serem aplicados em crianças e em grandes quantidades de pessoas. Já a técnica adaptada por Glauce consiste em recolher uma pequena amostra do esmalte com ácido clorídrico diluído, um processo totalmente indolor e sem prejuízos para os dentes do paciente, pois posteriormente são feitas aplicações tópicas de flúor no local da extração.





No entanto, o método não está pronto para ser utilizado clinicamente. "Ainda não se sabe qual o valor de chumbo no esmalte do dente que pode causar prejuízo à saúde do paciente", explica ela. A professora Raquel Fernanda Gerlach, que orientou o estudo, acrescenta que "até o momento, acredita-se que o chumbo acumulado no esmalte revela a contaminação a que as crianças estavam expostas no passado, no período em que os dentes de leite estavam calcificando".

Glauce adianta que seguirá esta mesma linha de pesquisa em seu doutorado, pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Entre outras coisas, ela estudará a maneira como o dente absorve o chumbo, questão essencial para determinar com segurança a contaminação ou não dos indivíduos. Ela acrescenta ainda que no Brasil quase não existem pesquisas acerca da poluição ambiental causada pelo chumbo e de como ela afeta as populações envolvidas. "Em Ribeirão Preto não havia nenhum dado sobre isso em crianças sem exposição aparente, e o mesmo ocorre em muitas outras cidades brasileiras".

A pesquisa contou com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), alem da colaboração de diversos pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), da própria Forp, todas instituições da USP, e da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP) da Unicamp.


Fonte : Agência USP de notícias 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

A boa comunicação na aproximação da saúde com a população

Para o bem ou para o mal, os profissionais de saúde estão hoje muito mais próximos da população – seja pela facilidade oferecida pelas mídias sociais, meios de comunicação, internet e mundo virtual, tudo ao alcance de um clique do mouse e das pesquisas na web; pela maior conscientização sobre os direitos ditos  universais a tratamentos; ou pela divulgação massiva que os assuntos saúde e bem-estar vêm tendo ao longo das últimas duas décadas.
É esse estar presente em todas as etapas da vida do ser humano, informando noções de saúde é gratificante. Coloca o trabalho de comunicar um passo adiante na direção do bem-estar coletivo e do dever cumprido, e isso faz bem a todos os envolvidos.
Assim, a falta de agilidade do serviço público disponível à população, o registro de inúmeros casos de má prática profissional na Medicina e na Odontologia, a existência de práticos em todos os pontos do País (como recentemente o caso do cirurgião-dentista que passou a dar consultas médicas), a existência de erros e a falta de ética médica se contrapõem a um novo panorama, notadamente na Odontologia. É nesse nicho que se vê mais fortemente a tendência de aproximação na relação cirurgião-dentista x paciente. A qualidade e a confiança do serviço e do profissional são os fiéis dessa delicada balança que, a qualquer descuido, pode se desestabilizar.

Como toda relação, requer cuidados especiais e, além disso, uma ótima comunicação, clara, sem ruídos e sem deixar dúvidas. Muitas vezes, um ótimo trabalho de pesquisa se perde por não ser adequadamente comunicado. Ou uma inovação tecnológica não chega ao ponto X, o consumidor/paciente, por desconhecimento das regras que permeiam o pantanoso terreno entre o que é editorial e o que é comercial para os dois lados do balcão.
Saúde e comunicação têm em comum o fato que começam pela boca. É através dela que se passam as mais importantes informações tanto para o paciente como à população, multiplicando-as através do trabalho do comunicador.  A comunicação e suas inúmeras ferramentas devem ser usadas a favor do cirurgião-dentista, de seu paciente e da comunidade, formando uma trilogia que funciona em favor da saúde. Experimente, comunicação também faz bem à saúde!

 
  Fonte : www.jornaldosite.com.br

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Homenagem ao DIA DO DENTISTA

O BLOG da Fast Dental, quer deixar registrado sua Homenagem ao Dia do Dentista!!!!!


Comemora-se o Dia do Dentista em 25 de outubro porque nesta data, em 1884, foi assinado o decreto 9.311, que criou os primeiros cursos de graduação de odontologia do Brasil, no Rio de Janeiro e na Bahia. Uma portaria do Conselho Federal de Odontologia tornou a data oficial para a comemoração do Dia do Dentista Brasileiro. 
De suma importãncia para a saúde como um todo, este profissional dedica-se a cuidar dos nossos sorrisos, deixando-os saudáveis, brancos e alinhados ........


Além de tratar de cáries, o dentista é responsável por realizar a prevenção de doenças da boca e ensinar a correta higiene bucal. Quando especializado em ortodontia, o profissional realiza os procedimentos necessários para corrigir a posição dos dentes por meio do uso de aparelhos ortodônticos e quando necessários, por meio da extração de alguns deles. O dentista é responsável ainda por certos tipos de cirurgias faciais.
 
Fica aqui nossa Homenagem e gratidão a este maravilhoso profissional !!!!!
FELIZ DIA DO DENTISTA !!!!!


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Estudo afirma que açaí pode ter uso odontológico

Uma pesquisadora paraense descobriu que o açaí é um potente corante natural para os dentes. Através de um estudo feito depois de observar que o fruto deixava o esmalte dos dentes coloridos, a dentista Danielle Emmi concluiu que o açaí é "um eficaz evidenciador de placas dentais".

"Em comparação com os corantes sintéticos utilizados hoje no mercado, a eficácia do corante natural chegou a ser 90% superior", disse a pesquisadora.

Para aderir às bactérias da placa, os pesquisadores adicionaram ao corante concentrado feito com açaí uma substância específica para esse fim. O trabalho foi defendido em forma de dissertação de mestrado na Universidade Federal do Pará (UFPA).

"No nosso estudo também fizemos a mesma comparação a partir de um corante feito do urucum. Esse produto também se mostrou viável, mas, em termos de eficácia, ficou atrás dos sintéticos", explica Danielle.

Ao lado da facilidade para obter o corante de açaí, devido à abundância da matéria-prima e à simplicidade dos processos bioquímicos de extração, o produto, segundo a dentista, também não causa nenhum tipo de efeito colateral, ao contrário do que pode ocorrer com os produtos sintéticos.

"Existem relatos de que o uso desse segundo grupo pode desencadear rinite, urticária ou complicações gástricas", conta.

Segundo a pesquisadora, o corante já foi patenteado no Brasil e no exterior. "O objetivo a partir de agora é passar a comercializar o produto que já está pronto", diz a pesquisadora.

Fonte: Jornal Odonto PA

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Doenças Nao Comunicáveis respondem por 60% da mortalidade global - Cirurgião-dentista tem papel de destaque !

O Dia Mundial da Saúde Oral deste ano, comemorado em 12 de setembro, motivou o lançamento, em Nova York (EUA), do kit de ação sobre Doenças Não Comunicáveis (DNCs), durante a Conferência das Nações Unidas sobre o tema.Em agosto último, a Federação Dentária Internacional(FDI) fez um apelo ao presidente da 65º Assembleia Geral das Nações Unidas, Joseph Deiss, para assegurar que referências específicas sobre saúde bucal  façam parte do documento a ser firmado  sobre as DNCs no evento a ser realizado dias 19 e 20 de setembro.

O kit tem o objetivo de responder ao forte crescimento desta que está sendo chamada de epidemia de doenças, responsáveis por 60% da mortalidade em todo o mundo. As DNCs - cancro, diabetes, doenças cardiovasculares ou respiratórias - constituem hoje uma das maiores causas de morte prematura mundial, tanto em países desenvolvidos como em vias de desenvolvimento. Entre as DNC mais prevalentes encontram-se as doenças orais, estimando-se que a cárie dentária afete 90 por cento da população mundial.
 

O kit de ação sobre DNCs foi desenvolvido pela World Health Professions Alliance (WHPA), organização internacional que representa os pontos de vista de mais de 26 milhões de profissionais de saúde – médicos, dentistas, enfermeiros, farmacêuticos, fisioterapeutas e médicos – em mais de 130 países. 


O que é o kit

O kit é  um instrumento prático, que pode ser utilizado por profissionais de saúde na comunicação com os doentes e o público em geral. Inclui um cartão “Melhor Saúde”, um guia para profissionais sobre como a saúde pode ser melhorada através de mudanças positivas no comportamento e estilo de vida.

As doenças orais, como a cárie dentária e as doenças periodontais, partilham os fatores de risco de outras DNCs, tais como o cancro e as doenças cardíacas. O tabaco, o consumo abusivo de álcool e uma alimentação não saudável, com particular incidência no consumo excessivo de açúcar, são facilmente detectáveis pelo dentista.

A inegável ligação entre DNCs e doenças orais faz com que os CDs ocupem um lugar privilegiado na avaliação, diagnóstico e na referenciação dos pacientes no que se refere aos fatores de risco. 
A Odontologia e seus profissionais têm acesso não só aos sintomas das doenças orais, mas também aos comportamentos de risco. Seja no consumo de álcool ou tabaco, através de manchas e alterações nos dentes e mucosas, seja no consumo excessivo de açúcar e bebidas doces, através do nível de cáries.

A maioria das DNCs são passíveis de  prevenção com uma dieta mais equilibrada, aumento do nível de atividade física, abandono do vício do tabaco e redução do consumo nocivo de álcool. 


Fonte : www.jornaldosite.com.br

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Restaurações após o término dos tratamentos de canal ....Poque é importante???

Um dos exemplos desta afirmação é devido às situações das contaminações bacterianas existentes no meio bucal pela sua condição especial de se tratar de um local úmido e com milhares de espécies de bactérias.
Sabemos que existem de uma maneira geral, dois tipos bacterianos, os aeróbios e anaeróbios, ou seja, um grupo de bactérias, que pode viver na presença de oxigênio e são chamadas de aeróbias e outro grupo , que vive em meios com ausência de oxigênio e denominadas de anaeróbias. 

Estas bactérias possuem comportamentos e resistências diferentes, mas as anaeróbias são conhecidamente mais resistentes aos medicamentos normalmente usados pelos Cirurgiões Dentistas. Possuem um poder de contaminação mais efetivo e complexo de atuação. Portanto são mais difíceis de serem destruídas, por outro lado sabemos , que estão presentes e em maior número no interior dos canais radiculares de uma maneira geral. Por estas questões nos dias atuais os tratamentos endodônticos têm sido mais complexos, devido ao comportamento destes microorganismos. 

Na Endodontia existem meios efetivos para lidar com estes elementos, através de protocolos de instrumentação cada vez mais efetivos e rápidos. As medicações usadas têm demonstrado eficiência, porém os Especialistas sabem das dificuldades no lidar com estas bactérias. A fase final do tratamento endodôntico tem na obturação do canal seu ponto máximo, através do selamento deste importante espaço com a participação de um cimento e cones de guta percha, através do preenchimento lateral e até a região apical das raízes trabalhadas. Sabemos, que quando bem realizada esta missão o paciente terá uma situação perene de saúde nesta região. 

Mas, no dia a dia das atividades clínicas observa-se alguns resultados negativos de tratamentos de canal, embora corretamente realizados. Isto é devido quando há falência no vedamento das restaurações das porções coronárias em algum momento ou esta ocorrendo. As restaurações dividem-se em diretas ou plásticas (amálgamas ou resinas) ou indiretas através das várias formas dos tipos de próteses. A proteção da parte coronária quando apresenta falhas de selamento ou vedação permite a passagem ou penetração de toxinas, fluídos ou até mesmo bactérias, que provocam a dissolução do cimento obturador promovendo espaços ou vazios no canal, que servem de morada ou abrigo de toxinas ou até mesmo de colônias bacterianas, que com o passar do tempo geram o fracasso do tratamento do canal. Na verdade, o tratamento endodôntico leva as culpas, mas quem promoveu a falha foi à falta de vedamento. Portanto, aconselha-se, que o selamento deva ser realizado o mais rápido possível através da restauração da parte coronária dos dentes, que tiveram seus canais tratados. 

Ou, quando ocorrer alguma fratura, rompimento de restauração em dentes, que tem tratamento de canal anterior busque o mais rápido possível o seu Dentista para fechar a porção perdida.
Sabemos, que um dente com ruptura de restauração na média com mais de três dias exposto a estas condições, já pode estar sujeito à contaminação bacteriana de todo ambiente de sua obturação de canal. Com esta conduta você evitará ter que retratar o canal ou refazer todo trabalho.

“As visitas semestrais ao seu Cirurgião Dentista de confiança podem evitar tais situações e resultam em melhor qualidade de saúde e vida” 

FONTE : www.abcdasaude.com.br

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

COLUNA DO DENTISTA - 2

O desenvolvimento da Odontologia




A meticulosidade e a precisão são duas características cada vez mais presentes na odontologia moderna. 
O desenvolvimento técnico e tecnológico revitalizou a área e criou uma série de procedimentos com o intuito de minimizar a chance de erros e os riscos para os pacientes. Por conta dessa realidade, o histórico da odontologia é fundamental para a compreensão da disciplina.

Até o século XVIII, a odontologia podia ser resumida basicamente ao processo de extração dentária. E isso era realizado sem anestesia ou condições de higiene. O responsável pela retirada de dentes era um barbeiro ou sangrador, que era o nome atribuído aos cirurgiões pouco instruídos que realizavam pequenas cirurgias, tiravam muito sangue dos pacientes em função dos modos abruptos e usavam apenas cáustico para estancar a perda de fluidos.

Os sangradores eram descritos como sujeitos impassíveis, fortes, rápidos e cruéis. Por conta disso e do risco de morte que a prática representava (sobretudo devido à chance de infecção e hemorragia), muitos médicos evitavam recomendar a procura por auxílio odontológico – as pessoas que tinham essa necessidade normalmente sofriam até a queda do dente de forma natural.
Abaixo temos uma foto de uma prótese muito utilizada antigamente, onde os dentes que amoleciam eram amarrados com fio de aço ou até mesmo arame.
Com a evolução tecnológica temos hoje em dia próteses muito mais estéticas e muito mais confortáveis para os pacientes.


Os implantes dentários e talvez em um futuro próximo a tão sonhada terceira dentição !!!!!!

Fonte : www.universidadedofutebol.com.br


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Pacientes Impacientes !!!!

Os pacientes estão ficando impacientes e se transformando em clientes cada vez mais exigentes.



Paciente é aquele que tem uma postura passiva, que está disposto a receber de bom grado tudo aquilo que lhe for oferecido. Paciente é aquele que tem você como única opção de escolha!
Onde estão os pacientes no mundo real? Acredito que eles ainda existam apenas nas aulas teóricas das faculdades e na imaginação dos profissionais de saúde.
Vamos colocar os pés na realidade: NÃO EXISTEM MAIS PACIENTES! O paciente é uma miragem, uma
figura de um passado que não existe mais.
O mundo agora é habitado por clientes cada vez mais exigentes, conscientes do seu poder nas relações
de troca. O cliente quer participar, quer ser informado do que está acontecendo à sua volta e, acima de tudo,
poder escolher entre você e um outro que o atenda melhor.
Na época em que minha avó era uma pré-adolescente, no início do século XX, ser médico era um grande diferencial competitivo na comunidade. Bastava você se formar, montar o seu consultório e o seu futuro estava garantido até a sua aposentadoria. Hoje, quando se forma em medicina, você é apenas mais um
médico entre milhares de outros médicos iguais a você.
O que fazer para ter um diferencial competitivo que permita a você ser diferente na percepção do cliente?
Uma das alternativas seria tratar o paciente como cliente, dando a ele opções. Procure oferecer aos seus
clientes algo a mais do que um produto clínico tipo “feijão com arroz”, aprendido nas faculdades de saúde.
Tecnicamente em marketing chamamos a este procedimento de “agregar valor ao serviço básico”.
Como agregar valor aos seus serviços básicos?
O primeiro passo seria entender o que é valor para os clientes da comunidade onde você pretende atuar.
Faça para você mesmo a seguinte pergunta: “O que eu posso agregar aos meus serviços básicos, que representa valor para os meus clientes, sem gerar custo adicional para mim?”
Elabore um “pacote de valor” que o torne atrativo aos olhos dos clientes da comunidade onde você atua.
Mas como elaborar um pacote de valor que torne você diferente na percepção dos clientes?
Para você encontrar a resposta adequada a esta pergunta verifique quais são as variáveis onde você pode atuar. São elas: o Produto, que no nosso caso trata-se de um serviço imaterial e intangível; as Pessoas, que fazem parte do produto; o Ponto, principalmente no que se refere à sua apresentação; o Preço cobrado pelos serviços e a Promoção, que poderia ser melhor entendida como a comunicação entre você e os clientes.
Estas são as variáveis controláveis do marketing e será dentro deste universo que você encontrará as respostas que procura.
Dos chamados 5Ps do novo marketing é no fator Pessoas que encontraremos o ponto crítico. O cliente
perceberá os serviços como mais ou menos qualificados dependendo da qualidade do relacionamento interpessoal existente na organização. Se as pessoas forem afetivas umas com as outras, além de efetivas
tecnicamente, o cliente tende a perceber os serviços como qualificados. Por outro lado, se as pessoas estão
voltadas apenas para a efetividade técnica dos serviços, ignorando a afetividade das relações humanas na organização, o cliente tende a perceber os serviços como de qualidade duvidosa.

Efetividade Técnica + Afetividade Interpessoal = Resultados Desejados

Clientes satisfeitos com os seus serviços ficam com você e ainda trazem os seus amigos. Clientes insatisfeitos com os seus serviços vão embora e falam mal de você e da organização para seus amigos e conhecidos.
Vivemos a Era do Cliente em todo o mundo e também no Brasil a partir da abertura de mercado na década de noventa.
Marketing é uma ciência que permite a você fazer o comum de forma incomum, a fazer diferente na percepção do cliente. Marketing é atender às necessidades, desejos e expectativas dos clientes de forma lucrativa para você. Marketing é uma ciência que você deveria ter aprendido na faculdade e não na dura escola da vida.
Para o marketing não existem pacientes e sim clientes cada vez mais exigentes. Entenda de clientes
e de como responder através do marketing às suas necessidades, desejos e expectativas, que você verá abrir
em frente aos seus olhos inúmeras novas oportunidades até então impensáveis.
Além de cursos na área clínica faça também cursos de marketing para você saber dar as respostas que os
clientes desejam e não as que você pensa que eles querem. Com o novo marketing você saberá que a
diferença entre um cliente e um paciente é a mesma que existe entre o sucesso e o fracasso profissional.
Com o marketing você vai obter melhor resultado financeiro, prestígio social e qualidade de vida através
do excelente atendimento ao cliente.
Se você ainda faz parte do grupo que confunde marketing com propaganda, leia mais sobre o tema e
tire de sua mente os preconceitos do passado. Idéias ruins e ultrapassadas em nossa mente impedem a entrada de novas e boas idéias que nos levarão ao sucesso profissional.
Os pacientes estão cada vez mais impacientes. Eles desaparecerão de seu consultório sem aviso prévio
se você não der a eles as respostas adequadas às suas necessidades, desejos e expectativas. O marketing é a
ciência que permitirá a você entender melhor os seus clientes e dar a eles a resposta mais adequada para cada momento.
O marketing permitirá a você agregar valor aos seus serviços sem gerar custos adicionais para a sua organização.


Fonte : Dentalpress / Roberto Caproni

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

COLUNA DO DENTISTA

Em homenagem ao mês do dentista,



o BLOG da Fast Dental lança a partir de hoje, e todas as sextas-feiras a 
COLUNA do DENTISTA.
 A História da Odontologia
A Odontologia aportou no Brasil, a partir da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral em 22 de abril de 1500. 
Naquela época o que existia eram as extrações dentárias. As técnicas eram quase primitivas, o instrumental impróprio e não havia nenhuma forma de higiene. Anestesia, nem pensar. A odontologia era praticada pelo barbeiro ou sangrador,desinformados. As técnicas de "curar de cirurgia, sangrar e tirar dentes" eram passadas sem qualquer teoria. 
Com tantos riscos para os pacientes, o exercício da odontologia era evitado pelos médicos e cirurgiões da época, que temiam se responsabilizar pela presente possibilidade de morte por hemorragias e inevitáveis infecções.

A odontologia era vista como uma prática que tornava as mãos dos profissionais de medicina pesadas, diminuindo a destreza para intervenções consideradas delicadas. 
Para exercer a odontologia da época os barbeiros ou Tiradentes necessitavam da licença especial conferida pelo "cirurgião-mor mestre Gil". Quem não possuía essa licença poderia ser preso e multado. 
A reforma do regimento em 12 de dezembro de 1631 determinava a multa de dois mil réis às pessoas que "tirassem dentes" sem licença. Os oficios de Tiradentes e sangrador eram acumulados pelos barbeiros. O sangrador também podia tirar dentes, pois nos exames de habilitação tinham de provar que durante dois anos "sangraram" e fizeram as demais atividades de barbeiro. 
Em 1728, na França, o livro Le Chirugien Dentiste au Traité des Dents, de Piérre Fauchard, revolucionou a odontologia, ao trazer novos conhecimentos, criando técnicas e aparelhos. Por isso, Fauchard é chamado sendo juntamente de "o pai de Odontologia Moderna". 
Com o início do ciclo do ouro no Estado de Minas Gerais, a Casa Real Portuguesa nomeia o primeiro cirurgião-mór deste Estado, regulamentando os práticos da arte dentária. A Lei 17 de junho de 1782 cria a Real Junta de Proto-Medicato, formada por sete deputados, médicos ou cirurgiões, para um período de três anos. A essa junta caberia a estes o exame e a expedição de cartas e licenciamento das pessoas que tirassem dentes. 
Nas últimas décadas deste século, Joaquim José da Silva Xavier praticou a Odontologia que aprendera com seu padrinho, Sebastião Ferreira Leitão. Seu confessor, Frei Raymundo de Pennaforte disse sobre ele: "Tirava com efeito dentes com a mais sutil ligeireza e ornava a boca de novos dentes, feitos por ele mesmo, que pareciam naturais". Nessa época os dentes eram extraídos com alavancas rudimentares, e o pelicano. Não havia tratamento de canais e as obturações eram de chumbo, sobre tecido cariado e polpas afetadas. As conseqüências eram desastrosas. A prótese era bem simples, esculpindo dentes em osso ou marfim, que eram amarrados com fios aos dentes que haviam sobrado. 
Dentaduras eram esculpidas em marfim ou osso. Dentes humanos e de animais eram utilizados e retidos na boca por molas, sistemas também usados na Europa. Os barbeiros e sangradores aprendiam o ofício com um mais experiente e tinham que provar uma prática de dois anos, depois de pagar a taxa.


Graças a Deus a Odontologia só vem evoluindo de ano em ano, década em década, transformando sorrisos, devolvendo a saúde às pessoas, inovando no conforto e rapidez dos tratamentos.

 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Os cuidados com o coração se iniciam pela boca


Cuidar da saúde bucal não é só uma questão de estética. Manter a boca, dentes e língua limpos pode, inclusive, evitar doenças do coração. O comprometimento da saúde bucal pode estar diretamente associado à endocardite infecciosa, doença que afeta o coração e as funções vitais. É também responsável por uma alta morbidade e por significativas taxas de mortalidade.

A endocardite de origem bucal surge tanto por infecções espontâneas, provenientes de dentes ou gengivas que não têm a higiene adequada ou quando a área infectada precisa passar por tratamento odontológico. Nestes casos, o que provoca a doença é a bactéria Streptococus viridans, que habita normalmente a boca sem provocar qualquer dano. Mas ao entrar em contato com a circulação, esta bactéria vai parar no coração e pode provocar a endocardite. Em indivíduos saudáveis, a bactéria chega ao coração, mas não causa infecções. O principal grupo de risco são os portadores de doenças ou lesões da válvula cardíaca e cardiopatias congênitas.


De acordo com o Instituto do Coração (Incor), além do coração, a Streptococus viridans pode chegar a outras partes do organismo, como rins, aparelho digestivo, articulações e olhos, causando infecções.


Pesquisas recentes têm associado às infecções, inflamações e outras afecções de gengiva com a arteriosclerose, que podem comprovar a correlação da saúde bucal com a ocorrência de infarto. Se confirmadas estas pesquisas, pessoas portadoras de doenças periodontais estarão mais sujeitas a desenvolverem a arteriosclerose. Outra doença que é provocada por bactérias encontradas na cavidade bucal é o reumatismo infeccioso.


Um trabalho da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, provou a relação entre uma limpeza malfeita das gengivas e a doença pulmonar obstrutiva crônica.


Esta mesma universidade tem outro dado alarmante. Segundo estudiosos de lá, uma vez na circulação as bactérias que vivem no sorriso mal conservado disparam reações químicas que apressam o parto. Se os cálculos forem precisos, uma gengivite aparentemente simples consegue aumentar em até sete vezes as chances de uma mãe ganhar um bebê prematuro.


Estudos divulgados pela Academia Americana de Periodontologia mostram que a gengivite agrava a osteoporose, os micróbios prejudicam os ossos da face que sustentam a arcada dentária.


Especialistas alertam para os cuidados que devem ser tomados em pacientes cardíacos. Durante procedimentos clínicos que induzem o sangramento gengival ou da mucosa bucal em pacientes com condições de risco, recomenda-se que seja administrado antibiótico de forma profilática. Contudo, os antibióticos não são totalmente eficazes na prevenção da bacteremia após procedimentos odontológicos, mesmo quando as bactérias são susceptíveis ao antibiótico usado. O paciente deve ficar atento a qualquer sintoma clínico incomum (febre, fraqueza, letargia) e procurar um médico imediatamente.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Nova Resina Vigodent

 NT Premium é a resina indicada para os profissionais que buscam estética e facilidade no manuseio.

O NT Premium é um material restaurador estético, nanoparticulado, fotopolimerizável, fluorescente e radiopaco. Disponível nas cores de esmalte e dentina mais utilizadas na clínica diária; possui também uma cor de incisal. Apresenta opalescência e fluorescência semelhantes ao do dente, duas características fundamentais para que a restauração tenha aparência natural sob diferentes condições de luz. O dentista pode optar pela técnica mais simples de restauração (uma cor) ou pela técnica estratificada com duas ou mais cores para obter o efeito natural do dente.
Esculpir com NT Premium é fácil, pois a resina não é pegajosa e se mantém na forma e posição esculpidas enquanto aguarda a polimerização. NT Premium proporciona maior tempo de trabalho, pois é menos sensível à luz do refletor que outras resinas do mercado, reduzindo assim o risco de polimerização avançada do material.
Indicado para uso em restaurações em dentes anteriores e posteriores, permanentes ou decíduos. Polimeriza diretamente na cavidade dental ou em modelos de trabalho, com a utilização de luz halógena ou tipo LED. Seu conceito inovador prioriza a reconstrução estética utilizando cores com diferenças em opacidade e translucidez.
O NT Premium faz parte de um projeto de nanocompósitos, em parceria com a FINEP e o Ministério da Ciência e Tecnologia, com objetivo de melhorar todas as propriedades mecânicas e, principalmente, o manuseio e estética final da restauração.

 

 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cáries podem ser transmitidas pela saliva

 
 
Abra os olhos e tome cuidado com a boca. Hábitos simples como beijar e compartilhar talheres, em alguns casos, podem transmitir a cárie, pois as bactérias responsáveis por essa deterioração dos dentes ficam hospedadas na saliva.
Cáries são placas bacterianas que produzem substâncias capazes de corroerem os dentes, formando uma perfuração de cor escura que pode provocar dores, inchaço e até perda dos dentes. Mais que uma escovação inadequada ou uma ingestão em excesso de açúcar, a cárie aproveita-se do canal salivar para comprometer a saúde bucal.
O microorganismo responsável pelas lesões de cáries, o Streptococus mutans, prolifera-se com facilidade pelo contato salivar. No entanto, a contaminação só acontece se a boca que recebe a saliva oferecer condições para as bactérias se desenvolverem. Se a saúde bucal estiver em dia, a cárie não se propagará.
Estudos demonstram que cerca de 40% dos adolescentes brasileiros entre 15 e 19 anos já perderam pelo menos um dente. Em 93% dos casos, a perda foi devida à cárie. Por isso, a melhor maneira de combater o problema é a prevenção.
Como a boca saudável não permite a ação da cárie, faça sempre a higiene bucal usando escova, fio dental e flúor. Também visite periodicamente o dentista.
E, por falar nisso, mulheres grávidas podem ir ao dentista durante a gestação? A reposta é sim, as gestantes não só podem como devem procurar o odontologista na época da gravidez.
O cuidado das gestantes
Sempre houve aquela preocupação com o cuidado que as grávidas devem adotar com relação à saúde dos dentes. Mas em que a gravidez pode mudar a saúde bucal?
A princípio, não foi provada a existência de algum tipo de alteração nos dentes das grávidas, ao contrário do que se especulava sobre a perda do cálcio e, consequentemente, o enfraquecimento da estrutura dentária. Entretanto, as mudanças hormonais nas novas mães, durante a gestação, influenciam a saúde da boca.
No período de gravidez, a alteração hormonal da gestante aumenta a vascularização da gengiva, que pode apresentar gengivite e sangramento, mesmo não havendo dor. Tal fato, na tentativa de evitar a perda de sangue, pode gerar medo de escovar os dentes, resultando no descuido da grávida para com a saúde bucal e facilitando a proliferação de infecções.
Contra-indicação na gravidez
A contra-indicação existente para o tratamento dentário em gestantes é quando os procedimentos envolvem a anestesia ou causem estresse ou dor. Porém, isso só é desaconselhado para os três primeiros meses de gravidez. Nos meses seguintes, desde que a grávida não se sinta desconfortada com a posição em que esteja acomodada na cadeira do dentista, o tratamento pode prosseguir normalmente.
É importante salientar que o tratamento dentário em gestantes deve ser realizado por um dentista bem preparado. O profissional deve estar informado sobre quais substâncias usar em uma grávida. Cirurgias de exodontia de terceiros molares, implantes, operações estéticas nas gengivas, clareamentos e enxertos, por exemplo, devem ser adiados para a fase pós-amamentação.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enzimas do chá verde podem combater erosão dentária


Uma substância encontrada no chá verde pode ser o caminho para o desenvolvimento de um composto eficaz para combater a erosão dentária. Na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), da USP, pesquisadores realizam testes em que demonstram a eficácia da catequina (nutriente de ação antioxidante encontrada no chá verde) como inibidora das metaloproteinases da matriz (MMP). Essas enzimas, quando ativadas, são responsáveis pela erosão da dentina, a camada mais interna do dente. Os principais sintomas são dor e sensibilidade em casos mais avançados.

A professora Marilia Buzalaf, do Departamento de Ciências Biológicas, que coordena o estudo na FOB, explica que a MMP é ativada pelo pH ácido encontrado em alguns alimentos e líquidos consumidos. “Há uma grande redução na prevalência de cáries no Brasil e no mundo nos últimos anos, por causa de um maior cuidado com a saúde bucal e utilização de fluoretos", afirma.

"Dessa maneira, os dentes ficam na boca por mais tempo, tornando-se sujeitos a outros tipos de patologias, como a erosão dentária. Para isso, contribui a mudança nos hábitos alimentares da população. A erosão é causada principalmente por ácidos de origem não-bacteriana presentes em refrigerantes, sucos e frutas ácidas, além dos ácidos de origem gástrica”, explica Marilia.

Uma das substâncias testadas pelos pesquisadores como inibidores da MMP é a epigalocatequina galate (EGCG), um flavonoide que também é encontrado no chá verde. “Nos testes com a EGCG purificada, encontramos resultados um pouco melhores que aqueles obtidos para o chá verde”, destaca a professora, ressaltando que essa substância encontrada no chá verde já era estudada para outras patologias, como o câncer.

Gel protetor

No processo de erosão dentária, os ácidos dos alimentos e bebidas atingem a dentina, que é composta basicamente por um mineral chamado apatita e por colágeno (proteínas). “O ácido dissolve a apatita e atinge o colágeno, ativando as metaloproteinases presentes na dentina. É justamente aí que a progressão da erosão é acelerada”, descreve Marilia.

As pesquisas nos laboratórios da FOB têm como objetivo principal o desenvolvimento de um gel que amenize todo esse processo. Para tanto, estão sendo realizados testes in vitro e in loco. “Usamos modelos animais, como dentes bovinos ou pequenos blocos de dentes humanos. Para os testes in loco, os pequenos blocos de dentes humanos ou bovinos são fixados no céu da boca de voluntários dentro de um pequeno aparelho acrílico”, explica a professora, lembrando que as pessoas permanecem cerca de uma semana com os bloquinhos. Os modelos foram tratados com um gel protetor e então submetido a testes com ácidos.

As metodologias, tanto com os in vitro (no laboratório) quanto com os in loco (utilização de aparelhos contendo os blocos de dentina por voluntários humanos), possibilitaram a realização de vários estudos.

Os pesquisadores produziram geis com inibidores de MMPs e aplicaram sobre a dentina, que foi submetida a desafios ácidos, principalmente com refrigerantes. Três tipos de geis foram produzidos: um à base de EGCG, outro à base de cloraxidina (inibidor de MMP que também tem atividade antimicrobiana) e um terceiro à base de sulfato ferroso.

“Nos três casos, os resultados foram satisfatórios. Bastou que o gel ficasse um minuto em contato com os modelos dentários para que houvesse a inibição da MMP, com prevenção total da erosão nos desafios ácidos subsequentes. O efeito durou cerca de cinco dias”, conta Marilia.

Os estudos com a MMP na FOB tiveram início em 2007 e, segundo a professora, já existe um pedido de patente na Agência USP de Inovação. Mas, de acordo com ela, novos desdobramentos ainda serão estudados e deverão contar com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
Em outubro, boa parte desses resultados serão apresentados à comunidade científica no Erosion 2010, congresso que reunirá, em Bauru, especialistas do Brasil e do exterior.
Fonte: Estadão.com

 

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Estudo comprova risco de contaminação em jaleco

Pesquisa realizada em Jerusalém encontrou patógenos potenciais em 63% dos uniformes. Lavar as mãos mais vezes ajuda a evitar contaminações.

Um estudo publicado no American Journal of Infection Control concluiu que germes perigosos podem se esconder nos uniformes de profissionais da saúde. A pequisa reacende a polêmica envolvendo o uso de jalecos fora do ambiente hospitalar. Pesquisadores do Shaare Zedek Mecical Centerin de Jerusalém fizeram culturas de três manchas de uniformes de 75 enfermeiras e 60 médicos trabalhando num hospital com 550 leitos. Patógenos potenciais foram encontrados em 63% dos uniformes. Também foram encontradas bactérias resistentes a antibióticos em amostras de 14% dos uniformes das enfermeiras e 6% dos uniformes dos médicos. Oito das culturas se desenvolveram como Estafilococos Aureus resistentes à meticilina.

Não lavar as mãos com frequência pode contribuir para a propagação da bactéria, disseram os autores do estudo, acrescentando que ela pode ser transmitida a pacientes por outros meios e não apenas pela roupa. Observaram também que, embora muitos médicos e enfermeiras que contribuíram para o estudo achassem que seus uniformes estavam perfeitamente limpos, nem sempre esse era o caso. Os autores notaram que lavar a mão mais vezes ajuda no controle das bactérias nos uniformes, assim como a troca de uniformes limpos diariamente e a lavagem adequada da roupa. Os autores mencionaram ainda que jalecos de manga curta também podem oferecer uma proteção extra.
Lei de SP prevê multa de R$ 174,00

O uso de jaleco ou avental fora do local de trabalho está proibido no Estado de São Paulo desde junho, quando a lei foi publicada no Diário Oficial do Estado. A infração está sujeita à multa - estipulada em 10 Unidades Fiscais do Estado de São Paulo, ou seja, R$174,50, atualmente. Em caso de reincidência, o valor da multa será dobrado.

Fonte: Jornal do Site 

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Variar sabores melhora a alimentação e estimula o cérebro

Qualquer um que provar um pedaço de jiló sentirá o amargo em alguns milissegundos. Muitos rejeitarão esse sabor, o que é uma pena.
A ciência pesquisa o tema, mas não se sabe ao certo o que faz alguém gostar ou desgostar de certos alimentos.

"Há uma nuvem de fatores que envolvem a degustação", diz o neurofisiologista brasileiro Ivan Eid de Araújo. Existem os fatores biológicos --como os receptores gustativos da língua, o olfato e até a temperatura do alimento--, mas também os genéticos, pouco conhecidos, e os socioculturais, muito variáveis.

"A quantidade de influências extraorais é enorme. Crianças que comem com a família várias vezes por semana, por exemplo, se alimentam melhor", diz o especialista, que é pesquisador na Universidade Yale (EUA).

Para complicar, o jeito que cada um processa um gosto é influenciado por sensações psicológicas e físicas de prazer. "Alguns alimentos ativam regiões ligadas à sensação de bem-estar. Quanto mais energética for a comida, mais sentimos prazer. É uma questão biológica, para garantir nossa sobrevivência", afirma o neuropsicólogo Paulo Jannuzzi Cunha, do Hospital das Clínicas de SP.Sobre o prazer psicológico, a lógica é simples: preferimos alimentos ligados a memórias positivas. E é aí que o sabor doce sai ganhando: além de ser energético, quase sempre traz boas lembranças.

Se não há certeza sobre o porquê das preferências, uma coisa é certa: quanto mais sabores tem uma dieta, melhor.

"Gostos diferentes significam nutrientes diferentes. Frutas cítricas têm esse sabor por causa do ácido ascórbico", explica a nutricionista Cláudia Lobo, autora de ªComida de Criançaº (MG Editores, 248 págs., R$ 69,90).

Proteínas e minerais também têm gostos próprios.

EXERCITE A LÍNGUA
A variedade é boa não só para o corpo. Cada gosto ativa grupos de receptores específicos na língua e em regiões cerebrais distintas.

Degustar o amargo, o doce e o azedo é uma boa maneira de exercitar o cérebro, segundo a pesquisadora espanhola Ana San Gabriel, que estuda a fisiologia do sabor. "É parecido com falar diferente línguas ou ver diferentes cores."

San Gabriel é coordenadora do Centro de Informação do Umami, organização internacional que divulga o quinto gosto reconhecido pela ciência (além de doce, salgado, azedo e amargo).

O gosto umami (que quer dizer "saboroso" em japonês) foi reconhecido como tal no começo dos anos 2000. A descoberta, porém, foi feita há mais de cem anos por um japonês que ficou intrigado com o sabor único de uma sopa de algas, diferente de tudo que ele conhecia. Ele começou a pesquisar e descobriu a molécula responsável por aquele gosto.

Hoje, o umami é definido como o gosto de aminoácidos tipo glutamato, presente em proteínas. Está entre o salgado e o doce, mas permanece por mais tempo na boca.

O queijo parmesão curado tem alta concentração de umami, presente também em cogumelos, carnes e legumes (veja tabela).

Para Ricardo Maranhão, professor de história da gastronomia da Universidade Anhembi Morumbi, apesar de o umami ser pouco reconhecido, é popular. "A comida brasileira tem muito desse gosto. Feijão com carnes embutidas, por exemplo."

Além do umami "in natura", há produtos industrializados que ganham esse sabor a partir da adição de glutamato monossódico. A substância está presente no trio ketchup, salsicha e macarrão instantâneo, unanimidade entre as crianças, coitadas.

EDUCAÇÃO DE GOSTO

Contra essa armadilha do "saboroso" é preciso treinar o paladar infantil. Não é verdade que as crianças são mais frescas do que os adultos para comer, o que acontece é que elas são mal acostumadas com o mais fácil.

"Os primeiros alimentos são adocicados. Leite da mãe, mamadeiras preparadas com farinhas, papinhas de frutas aguadas e doces", diz a nutricionista Cláudia Lobo.

Perder o costume é difícil. Uma forma é fazer com que a criança prove de oito a 12 vezes um mesmo alimento preparado de formas diferentes: cozido, grelhado, assado. Só assim ela poderá dizer se gosta ou não do sabor. "Se fizermos isso, a minoria dos alimentos será rejeitada."

Se há resistência a algum sabor, mesmo depois de adulto vale usar o velho truque de enfeitar a comida (um bolinho de espinafre), abusar de temperos naturais e se aproveitar de industrializados que deixam a comida mais gostosa e não são tão vilões.

"Não vejo problemas no uso de temperos prontos, maionese ou ketchup, se for para melhorar a variedade da dieta", diz a nutricionista Carolina Godoy.

Pessoas mais velhas ou pacientes de quimioterapia podem perder o prazer pela comida. Isso acontece porque as papilas gustativas deixam de se renovar com a frequência ideal.

Para essas pessoas, conhecer o sabor umami pode ser útil. A nutricionista Ilana Elman, em sua tese de doutorado, constatou que crianças com dificuldades alimentares são sensíveis ao quinto gosto e aceitam melhor a comida com esse sabor, industrializada ou não.

Mas o uso exagerado de realçadores de gosto esconde o alimento e causa dependência, alerta a bioquímica e nutricionista Lucyanna Kalluf. "A pessoa pode só gostar de comer brócolis se for com tempero artificial."

Para Elman, os industrializados já fazem parte da dieta e esse é um caminho sem volta, viciamos no sabor e na facilidade. Para as crianças, ela recomenda o preparo mais caseiro de pratos considerados "trash food", como hambúrguer ou nuggets.

Fonte: Folha de S. Paulo